Problema de saúde pública mundial, os acidentes de viação ceifam, todos os anos, uma média de 1,2 milhões de pessoas. Não faça parte dessa estatística. Circule seguro.
Talvez não tenha noção, mas o flagelo da sinistralidade rodoviária é brutal à escala mundial, sendo responsável pela perda, por ano, de 1,2 milhões de pessoas.
Os dados são da Organização Mundial de Saúde (OMS) que coloca este fenómeno como um problema de saúde pública global.
50 milhões de feridos/ano
Além das vítimas mortais, todos os anos ficam feridas cerca de 50 milhões de pessoas em acidentes de viação.
De resto, a estimativa da OMS é de que, no planeta, nas próximas duas décadas o número deverá aumentar em 65%, caso não haja alterações na forma de enfrentar esta realidade.
E este drama que se vive nas estradas, não é unicamente uma realidade mais acutilante em nações menos desenvolvidas, com infraestruturas rodoviárias de menor qualidade, veículos mais envelhecidos ou condutores menos disciplinados.
A Europa também é vítima. Em França, por exemplo, desde há oito anos que morrem anualmente uma média superior a 3.500 pessoas em acidentes nas estradas. Na Alemanha, as mortes ficaram também acima das três mil no ano passado.
E ainda que a longo prazo na Europa (e Portugal, de uma forma muito destacada) se sinta uma evolução da sinistralidade favorável, numa análise temporal de mais curto prazo, o que se verifica é uma tendência de estagnação do ímpeto de diminuição ou mesmo, nalguns casos, de inversão de números. É também o caso português.
602 mortos em 2017
Em Portugal, segundo a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) morreram, no ano passado, 602 pessoas nas estradas (mortos a 30 dias). Até 21 de novembro de 2018 a contabilidade de vidas perdidas em acidentes rodoviários (mortos a 24 horas) estava já nas 446 vítimas.
Outra realidade conexa à perda de vidas humanas mas, possivelmente também negligenciada, é o facto da sinistralidade rodoviária exercer um impacto negativo de 2,3 mil milhões de euros em Portugal, o que equivale a 1,2% do PIB. Tudo isto dá que pensar.