1ª fase da rede de radares fixos concluída em setembro

Alberto Valera

8 de Setembro de 2016

Os condutores irão passar a ter de estar mais atentos, com os 30 radares fixos escondidos em 50 cabines que estão a ser montados em 25 estradas. A primeira fase, que compreende a montagem dos primeiros 25 radares, fica pronta no final de setembro.

Em Portugal, os radares fixos não são propriamente uma novidade. Embora nem todos estejam operacionais, na capital encontram-se 21 radares fixos, a A25 tem dois na zona de Viseu e na cidade do Porto também estão montados dispositivos de controlo de velocidade na VCI. A novidade é que, a partir de agora, os condutores terão de passar a estar atentos a ainda mais radares, na medida em que aos já mencionados fixos, somar-se-ão mais 30 outros dispositivos, escondidos em 50 caixas. Trata-se da concretização do Sistema Nacional de Controlo de Velocidade (SINCRO), um projeto há muito falado e que, já em 2008, figurava na Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária como um dos objetivos operacionais a concretizar. Oito anos depois, começou a sua implementação. O primeiro desta bateria de radares já foi posto a funcionar (localiza-se na autoestrada A5, no sentido Cascais-Lisboa, ao km 7,750) e durante este mês de setembro o plano é de que fiquem operacionais mais 24 radares, num total de 25. A instalação dos outros dispositivos nos 25 restantes locais acontecerá até ao final do mês de janeiro, quatro meses depois, portanto.

Radares escondidos

Em rigor, o SINCRO, que tem um custo previsto de 3,19 milhões de euros, terá apenas 30 e não 50 radares como, por vezes, é anunciado. O que sucede é que as autoridades vão colocar 50 cabines, todas iguais na sua aparência exterior, dentro das quais colocarão 30 radares. Haverá, assim, 20 caixas que, em boa verdade, estarão vazias, sem radar, mas que serão do desconhecimento do condutor. Os condutores ao passarem nunca saberão se a caixa está vazia ou tem radar, pelo que o melhor é levantar o pé. Aliás, todos os radares fixos estarão previamente sinalizados através do painel de informação “H43 – velocidade instantânea”, mesmo aqueles que estarão vazios. Além do mais, a cada semestre, os radares poderão ser mudados de local, seguindo uma lógica de rotatividade.

As 50 cabines com os 30 radares serão introduzidas num total de 25 estradas, entre autoestradas, Itinerários Principais (IP), Itinerários Complementares (IC) e Estradas Nacionais (EN).

As 25 vias em questão são a A28, A3, A29, A8, A5, A7, A4, A24, A20, A25, A23, A1, A2, IP3, IP7, IC2, IC20, IC17, IC19, EN4, EN125, EN223, EN6, EN6-3 e EN10.

A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), que é a gestora do sistema, justifica a escolha dos 50 locais (e não outros) com o facto de serem zonas consideradas críticas em termos de segurança rodoviária.

Tome nota onde ficam esta meia centena de cabines que esconderão 30 radares:
A28, Km 21
A28, Km 34
EN 223, Km 19
A3, Km 1
A3, Km 3
A7, Km 38
A29, Km 41
A29, Km 37
A29, Km 47
A24, Km 93
A24, Km 98
A4, Km 1
A4, Km 15
A25, Km 49
A25, Km 52
A25, Km 62
A23, Km 18,6
IP3, Km 69
A1, Km 2
A1, Km 4
A1, Km 42
A1, Km 189
EN1/IC2, Km 125
EN1/IC2, Km 186
IC19, Km 5
IC19, Km 6
IC19, Km 10
IC17, Km 13
EN10, Km 50
A2, Km 9
A2, Km 14
A5, Km 1
A5, Km 5
A5, Km7
A5, Km 8
EN125/ER125, Km 68
EN125/ER125, Km 102
EN125/ER 125, Km 48,7
IP7/Eixo Norte-Sul, Km 10,7
IP7/Eixo Norte-Sul, Km 10,2
IC20, Km 1,7
IC20, Km 1,9
IC20, Km 7
A20/VCI, Km 12,3
A20/VCI, Km 9,1
EN6/Marginal, Km 8
EN6-3, Km 0,7
EN6-3, Km 1
EN4, Km 156
A8, Km 11,4