Utilizar a bicicleta como meio de transporte está a tornar-se um hábito dos portugueses. Cada vez mais se vêm utilizadores da via publica a se deslocarem de e para o local de trabalho de bicicleta, a levar as crianças à escola, a efetuar trabalho de estafetas e mais recentemente na distribuição de correspondência no serviço dos Correios de Portugal.
Com os combustíveis fósseis cada vez mais caros, associado à necessidade das famílias pouparem no corte das suas despesas, mas também com o objetivo de ajudar à diminuição de CO2 para atmosfera, o aumento de tráfego destes veículos de duas ou três rodas tem vindo a aumentar a olhos vistos. Esta nova “corrida” á utilização destas viaturas, também está direcionada com a vertente da saúde, uma vez que a obesidade, devido à sedentariedade laboral, é elevada, mas também a melhoria do funcionamento cardiológico aumenta com o exercício advindo das pedaladas.
A importância das cidades ciclaveis
Com a necessidade de se ir adaptando as cidades, vilas e aldeias a este retorno à utilização da bicicleta, surge o conceito da cidade ciclavel, que nada mais é que elaborar soluções adaptáveis às bicicletas, direcionando as cidades para as pessoas, melhorando a qualidade do ar devido à diminuição da emissão de CO2 para a atmosfera, diminuição do ruido e do stress dos congestionamentos de transito.
Desta feita, o surgimento de ciclovias e de vias ciclaveis torna-se uma solução obrigatória para os municípios, uma vez que, apenas com essa solução se consegue diminuir efetivamente a sinistralidade rodoviária que envolve este tipo de veículos. A acompanhar esta alteração “imposta” por uma luta vencedora de movimentos de utilizadores de bicicletas, surge uma alteração ao código da estrada a visar as regras de circulação destes utilizadores.
Sabendo-se que essa alteração vem possibilitar aos utilizadores da bicicleta a permanência em par na faixa de rodagem, ainda que com algumas reservas, é fulcral que estes mesmos utilizadores percebam que a preferência deve ser a utilização das ciclovias e das vias cicláveis, uma vez que são considerados utilizadores vulneráveis.
Para que não haja dúvidas, ciclovias são vias exclusivamente destinadas á circulação de velocípedes e separadas da faixa de rodagem destinada aos restantes veículos. Já as vias cicláveis, interagem com a faixa de rodagem do trânsito geral, apenas separa por uma linha ou pequenos separadores verticais alternados.
A mais recente adesão
A Figueira da Foz é a mais recente cidade ciclavel. Tal surge no seguimento de diversas ações associadas ao projeto Agenda 21, que tem como principio a sustentabilidade da mobilidade na cidade,. Com a implementação destas vias ciclaveis, complementando as ciclovias que já existiam na cidade, conseguiu-se aumentar a rede de vias destinadas ao utilizadores da bicicleta.
Algumas vias viram ser suprimida uma das duas vias de trânsito destinada à circulação de automóveis e surgir uma via ciclavel. Pretende-se desta forma que esta cidade turística possa, não apenas proporcionar aos seus habitantes um espaço mais saudável e seguro, mas também apresentar uma solução de circulação ecológica a quem a visita.
Fotos ¦ Rui Tavares e CTT