A sinistralidade rodoviária em Portugal é elevada e disso já todos sabemos, apesar de alguns, muitos, continuarem a fechar os olhos a essa realidade e a fazerem de conta que está tudo bem com a taxa de mortalidade rodoviária. Morre-se num silêncio ensurdecedor.
Segundo um estudo da ANSR – Autoridade Nacional para a Segurança Rodoviária, entre 2010 e 2014, morreram nas estras portuguesas 378 jovens condutores, 1 575 ficaram gravemente feridos e 28 895 sofreram de ferimentos leves. O custo social e económico está estimado em 1 159 milhões de euros.
Investir numa melhor formação
Segundo a ANSR, que classifica no estudo como jovens os indivíduos entre os 18 e os 24 anos de idade, cerca de 30% é o valor de risco de mortalidade rodoviária que supera o resto da população. Faz saber também que 51% dos mortos e feridos graves resultam de despiste, enquanto 48% de colisão.
Segundo este mesmo estudo, grande parte dos acidentes que envolvem jovens entre os 18 e os 24 anos, ocorrem durante a noite e madrugada e, essencialmente, dentro de localidades. A nível de atropelamentos, esta faixa etária tem o menor número de incidência, relativamente à restante população.
E como se pode inverter a questão da sinistralidade e morte rodoviária jovem? Com mais e melhor formação, mais e melhor investimento nas vias de circulação, mais e melhor normas de transito, mais e melhores responsáveis pela melhoria de todo o sistema rodoviário.
Não vele de nada continuar a lamentar a morte com que nos vamos cruzando e condenando, ainda que num silêncio brutal. Essa morte é real e atinge todos. Lamentavelmente só lhe damos o seu real valor institucional quando nos toca. Temos que fazer algo mais para alterar esta realidade.
Foto¦ CM