O que mais marca nesta época são os amores de verão. O calor, a maior disponibilidade de tempo, os dias maiores tudo ajuda a se “libertar”. Há músicas próprias da quadra estival, filmes que retratam a bela vida de que se desfruta no verão.
Os amores de verão são aqueles que chegam com o “calor”, mas que se vão com o “arrefecimento”, quer seja do tempo quer seja dos intervenientes. Mas quantas vezes também damos por nós a desejar bens materiais num momento para passado o ato de compra percebemos que não era bem aquilo o que pretendíamos. Os “amores de verão” são assim, saiba aqui como evitar remorsos.
Todos já compramos coisas absolutamente inúteis. Que, à posteriori, nos arrependemos. Mas tinham imensa piada no momento, ou porque o preço era ótimo, apesar da utilidade ser zero. Outras vezes porque a ideia de ter algo novo proporcionava uma subida do ânimo.
Temperatura alta incentiva os devaneios?
Seja devido às temperaturas elevadas, seja da necessidade de mostrar o resultado dos 2 meses de ginásio, o verão é mais “mexido”. Começando pelos corpos mais despidos, tudo é mais emocionante. Mais rápido e menos pensado. Estes parecem ser os ingredientes que mais pesam quando em causa estão os amores de verão. Quando chega a vontade de adquirir algo, temos que ponderar se a compra será realmente por necessidade ou por capricho.
Existem casos que vem para ficar, mas nem sempre sobrevivem ao “esfriar” da euforia do momento. Será algo que podemos dispensar estes momentos, ou não? Estaremos simplesmente a imaginarmo-nos vivendo a publicidade criada pelo marketing para o consumo do produto?
Estas necessidades “absolutas”, que na realidade são efémeras já fazem parte do nosso quotidiano. Mas no verão junta-se o facto de estarmos expostos ao calor, que estimula a criação de serotonina. Uma hormona que regula, entre outras coisas, a ansiedade, o humor, a locomoção, a fome e também a libido.
Sugestões para evitar compras por impulso
– Não entre num stand sem objetivos, saiba quanto pretende e pode pagar pelo tipo de viatura que pretende;
– Resista à pressão das tendências, depois da moda passar o carro fica;
– Tenha atenção às promoções e descontos, nem sempre são assim tão boas;
– Experimente sempre, leve-o à sua garagem, faça o percurso de casa;
– Determine qual o custo de manter o carro;
– Determine a desvalorização espectável;
– Use a tecnologia a seu favor, pesquise e compare;
– Não compre quando estiver triste ou deprimido.
Porque somos levados a fazer compras por impulso?
Poucas sensações são tão prazerosas quanto a de uma compra por impulso. Até ajuda a melhorar o humor, segundo um estudo publicado na revista Psychology and Marketing. Em 2016, 96% de mais de mil participantes revelaram tinham comprado algo para se sentirem melhor.
Mas os “benefícios” geralmente duram pouco e podem gerar efeitos colaterais negativos a longo prazo, como uma dívida que pode durar por anos. Assim como as emoções negativas, que podem levar à perda da autoestima, a sentimentos de remorsos e culpa, por vezes acaba em depressão.
A chave para combater as compras por impulso é o autocontrole. Mas, para alcançar esse controlo, precisa de ter uma visão de longo prazo do que realmente vale a pena. É aí que os consumidores falham, quem prepara as campanhas sabe também disso, é necessário ter a noção da necessidade real de determinado bem.
Por isso, da próxima vez que você sentir a necessidade de comprar algo impulsivamente, reflita sobre a utilidade da sua compra. Se tiver dúvidas, adie a compra por uns dias. Assim, terá maior controle sobre o impulso e conseguirá resistir melhor a essas tentações dos “amores de verão”.
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