A temperatura interior do nosso veículo não é apenas uma questão de conforto, mas também influi na nossa condução. A temperatura ideal no compartimento do carro ao conduzir é entre 20 e 22 graus centígrados. A esta temperatura, estamos muito mais confortáveis e, numa longa viagem, estaremos menos cansados e conduziremos com muito mais segurança. Lembre-se que a temperatura excessiva reduz a capacidade de reagir a qualquer imprevisto e pode também levar a sonolência e irritabilidade.
Verificar: gás, filtros e fugas
Por isso, o ar condicionado do carro no Verão torna-se muito importante, especialmente em viagens longas em que não é confortável viajar com os vidros fechados. Se teve o cuidado de manter o seu carro adequadamente durante todo o ano, não deverá ter qualquer problema mecânico de última hora que afete este sistema. No entanto, nunca faz mal verificar antes do início do Verão se a carga de gás do ar condicionado precisa ser substituída, se há uma pequena fuga no sistema ou se os filtros precisam de ser mudados para melhorar a qualidade do ar. Normalmente, não é necessário carregar o gás do ar condicionado todos os anos e os problemas de arrefecimento devem-se a uma das outras razões. Conselho importante: Ligar o ar condicionado uma vez por mês. Assim evitamos que as condutas fiquem secas, principalmente, a proliferação de fungos e bactérias no seu interior, o que causa os maus cheiros.
A ventilação, essencial
Independentemente do estado do seu ar condicionado, tente estacionar o carro à sombra e calcule o deslocamento do sol. Mesmo estacionado de manhã ao sol, se vai estar à sombra a meio do dia, vale a pena o tempo ao sol e o calor de manhã. O para-sol também pode ajudar, não tanto a manter o interior fresco, mas para evitar que o volante, os bancos ou a alavanca de velocidades queime quando utilizar o carro novamente. É importante que, antes de entrar no carro depois de ficar estacionado no sol, abrir bem as portas e vidros para permitir o máximo de ventilação possível. Até mesmo as portas podem ser utilizadas para “ventilar” o interior do veículo e deixar sair o ar quente do carro.
Frio progressivo
É um erro ligar o carro e colocar o ar condicionado em pleno funcionamento. A recomendação é colocar em funcionamento suavemente para não sobrecarregar o sistema e evitar avarias. Ao arrancar, é melhor conduzir com o ar a baixas rotações e os vidros abertos: à medida que aumentamos a velocidade, aumentamos gradualmente as revoluções e subimos os vidros. Não é recomendável o ar condicionado a menos de 22 graus, não apenas porque a temperatura baixa demais, mas também porque desperdiça combustível desnecessariamente. Os especialistas indicam que o funcionamento do ar condicionado abaixo dos 20 graus eleva o consumo em até 20%.
Para cima
Quando o compartimento estiver frio, é importante evitar o ar frio direto no rosto e pescoço. Como o ar frio é mais pesado do que o ar quente, é uma boa ideia direcionar o ar para cima para arrefecer o interior do carro mais rapidamente. Outra ideia é que se o interior do carro já estiver frio, ainda é possível baixar um pouco mais a temperatura, ao ativar a recirculação de ar. Desta forma, o carro leva o ar frio em movimento no interior do carro em vez do ar mais quente no exterior. Em alguns modelos de automóveis esta opção de recirculação é automaticamente desativada, caso contrário esta função não deve ser mantida por mais de dez minutos, já que o ar pode tornar-se mais rarefeito e aumentar o perigo de sonolência ao volante.
Climatização ou ar condicionado?
Muitos veículos já têm climatização em vez de ar condicionado. A grande diferença entre ambos os sistemas é que a climatização tem um sensor concebido para poder esquecer de controlar a velocidade do ventilador e as saídas de ar. Para além, o sistema de climatização assegura uma temperatura constante, independentemente da temperatura exterior. O princípio de funcionamento do ar condicionado e da climatização é o mesmo: um gás comprimido que muda de estado por absorção de temperatura. Na verdade, os componentes principais do sistema são os mesmos, mas a regulação e mistura de ar é diferente.
No sistema de ar condicionado somos nós que devemos realizar a regulação da temperatura, a sua ativação ou desativação, e devemos abrir ou fechar as aberturas de ventilação por onde queremos ar. Portanto, não é um sistema autónomo. Custa menos do que um sistema de climatização, pois incorpora menos elementos para o seu funcionamento.
Temperaturas individualizadas
Ao contrário do ar condicionado, o sistema de climatização pode misturar ar frio e ar quente, a garantir que a temperatura e a humidade no interior do compartimento sejam corretas. Naturalmente, o sistema de climatização aumenta o preço do veículo, pois devem ter vários sensores de temperatura exterior e interior, motores elétricos para a entrada de ar, através dos diferentes difusores, etc. Atualmente, a tendência são sistemas cada vez mais sofisticados, com opções de climatização de duas, três e quatro zonas. Desta forma, o sistema pode conseguir uma temperatura individualizada para cada passageiro.