As autoestradas têm muitas curvas; qual o propósito?

Jorge Ortolá

28 de Outubro de 2016

Ao longo dos anos a planificação das autoestradas tem sido alvo de estudo aprofundado, tendo como principal interesse, a diminuição da sinistralidade rodoviária.

Este estudo da via pretende a eliminação do efeito “hipnose” que a condução neste tipo de vias promove e afeta em grande número os condutores que nelas circulam.

Curvas, curvas e mais curvas

Ao verificarmos a configuração primária das autoestradas, constatamos que grandes e longas retas eram desenhadas e levadas para o terreno.

Acontece que foram sendo registados acidentes por despiste, acidentes esses não compreendidos pelas autoridades, uma vez que as vias tinham boa qualidade.

No sentido de se perceber a razão de tão elevada taxa de sinistralidade neste tipo de vias, desenvolveu-se um estudo que, algum tempo depois, veio a concluir que muitos desses acidentes se deviam, essencialmente, ao adormecimento dos condutores.

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A razão dos micro-sonos

O micro-sono é um adormecimento momentâneo que tem uma variação entre os 3 e os 6 segundos. Tem como causa a monotonia associada a algum cansaço.

Estes micro-sonos têm uma grande aparição nos condutores que estão expostos a uma condução monótona, sem grandes variações. Surge sem que nos possamos aperceber e pode ser mortal.

O combate aos micro-sonos

Não sendo de fácil deteção o surgimento destes micro-sonos é, no entanto,traz aos condutores algum incómodo na sua condução.

E quando tal acontece, o condutor deverá perceber os sinais que o corpo emite e responder positivamente aos mesmos, ou seja, parar a viatura e descansar.

Sempre que, durante a condução perceber que não se recorda de um troço de via que já percorreu, trava de alguma forma sem que haja necessidade para tal, a cabeça ou as pálpebras pesem, isto são sinais alarmantes de micro-sono iminente.

A resposta ao problema

Identificado o problema e percebendo que os condutores continuavam a não lhe dar valor, as entidades competentes avançaram para outras soluções que se vieram a mostrar bastante positivas.

O desenho das autoestradas passou a ser composto por bastantes alterações de trajetórias, o que faz com que os condutores se mantenham atentos e ocupados no manuseamento da direcção do veículo.

Com esta solução, a questão da monotonia na condução em autoestrada foi diminuída e a taxa de sinistralidade envolvendo este facto, também.

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