Uma das garantias da boa circulação rodoviária e interação entre os condutores, é a sinalização existente na via pública e devidamente regulamentada. Sabendo-se que a sinalização está hierarquizada, devem os condutores observar a sua valência e respeitá-la, evitando desta forma conflitos rodoviários entre os diversos intervenientes.
Acontece que, por negligência de quem de direito, muitas são as vezes em que a sinalização, seja ela qual for, não se encontra bem visível aos olhos dos condutores ou num estado de degradação tal, que não permite que os utentes da via a utilizem com a segurança e respeito desejados e exigíveis.
Hoje vamos analisar as marcas rodoviárias, popularmente apelidadas de “linhas pintadas na estrada“.
As “linhas pintadas na estrada” são sinalização horizontal que têm um valor elevado e fulcral, em muitos casos, para a boa fluidez e segurança rodoviárias.
Dividindo-se em diversos subgrupos, é muito importante que os condutores as conheçam e que as entidades com responsabilidade percebam a importância de uma via pública estar bem sinalizada e demarcada com estas “linhas pintadas na estrada”. Poderíamos aqui abordar todas as marcas, individualmente, no entanto vamos, por agora, fazer uma sucinta reflexão apenas a uma delas: a Guia.
Quando circulamos, principalmente fora de uma localidade, a possibilidade de encontrarmos passeios para os peões transitarem ou pistas a eles destinadas é muito pequena. Assim sendo, estes peões terão de transitar pela berma. Essa berma é o espaço marginal à faixa de rodagem e que, podendo não ter, deverá estar diferenciada dessa mesma faixa de rodagem através de uma “guia”, linha longitudinal que faz fronteira entre o espaço destinado á circulação de veículos e o de circulação de peões. Sem esta sinalização torna-se difícil aos condutores não invadirem o espaço pertencente aos peões e vice-versa.
Também para a boa circulação dos condutores estas marcas rodoviárias tem um valor exponencial, uma vez que é ela que permite a esses mesmos condutores definirem bem a sua posição de circulação e escolherem a melhor trajetória em curva quando circulam de noite em via não iluminada ou quando as condições atmosféricas não são favoráveis, por exemplo em chuva ou nevoeiro.
Estando as entidades, com responsabilidades, atentas, irão ter o cuidado de refletir sobre estas necessidades para a segurança rodoviária e terão o cuidado de avivar as marcas desgastadas pela utilização da via e prover delas as vias que as não têm. Na pintura destas marcas rodoviárias deve ser utilizada tinta de cor branca com características fluorescentes para melhor ser vista e previamente analisada pelos condutores.