As novas tecnologias de iluminação automóvel

Alberto Valera

18 de Janeiro de 2018

Faróis LED

Os faróis dos automóveis deixaram de ser simples lâmpadas amarelas ou brancas que iluminam a estrada à nossa frente, para se transformarem em sistemas com tecnologias de ponta capazes de proporcionar uma iluminação inteligente que se rege pela navegação, pelas câmaras de leitura de faixa de rodagem ou por outros elementos de segurança ativa do veículo. O Circula Seguro faz uma pequena viagem ao mundo do LED, OLED e do Matrix LED.


Muita coisa aconteceu no campo da iluminação automóvel nos últimos seis anos. As tecnologias modernas, tais como LED, OLED e Matrix LED estão na linha da frente e o LED Matrix começa a surgir, a velocidade moderada, inclusivamente em automóveis de gama média e acessíveis a muitas bolsas.
Entre a era do petróleo e a era do xénon, o desenvolvimento da tecnologia de iluminação automóvel foi lento. O xénon foi aparecendo pouco a pouco e, numa primeira fase, apenas em modelos topo de gama. Depois generalizou-se, passou a fazer parte da lista de opcionais de muitos modelos e, há pouco tempo, é equipamento de série de uma extensa lista de automóveis

O LED não é um fenómeno só dos automóveis, mesmo assim, as tecnologias baseadas nos LED trazem vantagens especiais. A luz LED pode ser facilmente controlada, o mesmo acontecendo com as mais evoluídas luzes Matrix. É possível iluminar zonas individuas de forma segmentada, a cor do diodo emissor pode ser alterada e a eficiência energética deste tipo de iluminação é superior, logo uma vantagem para os carros elétricos, onde cada quilómetro e cada watt de energia é importante. Por todas estas vantagens, a generalização do LED acaba por ser inevitável.

Felizmente, o futuro da iluminação deverá ser diversificado: laser, LED, OLED ou Matrix LED, não importa. Todas são tecnologias viáveis que se vão generalizar nas estradas, inclusivamente, serão equipamento de série de muito automóveis, sejam eles de luxo ou de segmentos mais baixos. A luz também revoluciona o mercado automóvel e o Circula Seguro explica-lhe um pouco sobre todas estas tecnologias de iluminação.

Faróis em LED

A sigla LED significa Light Emiting Diodo, basicamente um diodo emissor de luz. Os diodos são peças eletrónicas fabricadas com materiais semi-condutores e cuja função é conduzir a eletricidade quando se aplica a corrente num sentido, bloqueando a corrente quando é utilizada no sentido contrário. Os LED, para além das propriedades mencionadas em cima, que não são muito úteis na hora de iluminar, têm ainda a função de emitir luz quando a corrente flui através deles. Têm duas caraterísticas que os tornam muito apetecíveis. Por um lado, não têm apenas inércia luminosa, ou seja, assim que se acendem começam imediatamente a emitir luz a 100%. Por outro lado, consomem pouca energia relativamente à quantidade de luz que emitem.
Este tipo de faróis têm integrado um sistema de gestão eletrónica que está encarregue de controlar as funções e a alimentação do farol. Existem vários tipos de faróis em LED, ainda que os mais comuns sejam os refletores multifarol e os projetores. O primeiro tipo utiliza vários refletores de pequenas dimensões, cada um dotado com um LED que pode ser orientado para o passeio ou para o refletor.

Faróis Laser (tecnologia OLED)

A grande vantagem dos faróis laser é o facto de permitirem um feixe de luz com um alcance de 600 metros. Os faróis laser podem obter informação da estrada a partir do sistema de navegação e, desta forma, iluminar zonas perigosas e mais recônditas com muita antecipação. Para além disso, a tecnologia Laser Light permite detetar pessoas e animais a uma distância de até 100 m. Estabelecem novos padrões em termos de alcance e brilho. Consomem 30% menos de energia e o feixe de luz que proporciona ao condutor e ao veículo é dez vezes mais intenso que o feixe proporcionado pelos faróis de halogéneo, de xénon ou mesmo de LED.
Outra vantagem deste tipo de farol é o facto de nunca encandear os veículos que se cruzam. Fá-lo através de uma coleção de câmaras que controla a cada instante a zona por onde o veículo circula.
A tecnologia OLED pode ainda ser utilizada nos mínimos, Em vez da luz pontual, produzida pelos LED, as luzes de presença dianteira em OLED criam um feixe uniforme em toda a sua superfície. Mas as vantagens dos OLED também surgem ao nível da produção: não é necessária a utilização de metais e os diodos têm apenas 1,4 mm de espessura. Mas há mais. A tecnologia OLED também permite produzir as chamadas Organic Lights para os farolins traseiros. Mediante a ativação de algumas zonas OLED individualmente, é possível criar efeitos de iluminação na secção traseira. É possível, por exemplo, que os faróis passem a ter um modo Sport, conjugado com o modo desportivo ativado dentro do veículo. Esta tecnologia permite criar uma imagem com um aspeto tridimensional e em breve devem começar a equipar alguns modelos da BMW.

Faróis LED Matrix

Além de possibilitar uma melhor visibilidade, a nova tecnologia LED IntelliLux permite funcionar sempre em luzes de “máximos” sem provocar encadeamento dos restantes ocupantes da via – numa luz semelhante à luz do dia. O sistema IntelliLux da Opel, por exemplo, é formado por 16 segmentos de LED – oito de cada lado – que ajustam permanentemente, de forma automática, o alcance e a distribuição do feixe de luz mediante as condições de trânsito. Este sistema funciona em conjunto com a câmara dianteira Opel Eye, que faz a leitura do espaço e identifica outros veículos em movimento (independentemente do sentido do trânsito), enviando informação para cada segmento LED com instruções de desligar e ligar. O ajuste da iluminação junto do objeto identificado ocorre de forma rápida e progressiva. Fora do ambiente urbano, os “máximos” são acionados automaticamente. O IntelliLux é, para já, o único sistema de matriz de LED sem ligação a um sistema de navegação.

Intellilux

Fonte: BMW, Audi, Opel