Uma, outra e uma vez mais surge na comunicação social a noticia de mais um acidente frontal na auto-estrada A,B,C ou D. Mais uma quantidade de mortes, feridos graves e muita, muita indignação surpresa, revolta e interrogações em busca de respostas que tardam em chegar ou que muitas das vezes se esfumam no ar.
Um e mais outro condutor que foi detetado e parado a tempo de provocar um acidente, circulando em sentido oposto na auto-estrada E,F,G ou H e que se verifica ser um condutor sénior, onde a justificação é, em norma, o engano no acesso à respetiva via de circulação por razões que se cruzam, muitas vezes com a confusão que o mesmo acesso promove aos condutores.
Projetar uma auto-estrada
Quando se projeta uma via de circulação rodoviária, deve ter-se em conta diversos fatores. No caso da auto-estrada, para além do traçado, que deve procurar um itinerário que sirva as populações da melhor forma possível e não interesses de municípios em particular, o que por vezes obriga à existência de curvas desenhadas que se mostram contrárias à segurança das próprias via, deve estar construída com materiais de primeira qualidade e complementada com sinalização adequada ao tipo de condução que a mesma proporciona.
Uma das particularidades que deve estar incrementada na projeção e construção de uma auto-estrada, são as entradas e saídas das mesmas, principalmente das não portajadas ou com portagem de pórticos. Ou seja, tendo em vista, certamente, a poupança de algumas centenas de euros e descartando a dissuasão do erro, as entradas e saídas destas vias são projetadas e construídas em espaço a par.
Uma vez que tal acontece, a possibilidade de erro por parte dos condutores idosos é elevada, uma vez que tantos são os locais onde não é, de todo, perceptível a diferença entre a saída e a entrada nos acessos à auto-estrada. Correto seria se estes dois pontos constituintes destas vias, se encontrassem, entre eles, com uma distância nunca inferior a cem metros e com sinalização luminosa dissuasora de erro.
Se tal acontecesse é minha a certeza que diminuiria o número de condutores seniores que são detetados a circular em sentido oposto nas auto-estradas. É tudo uma questão de construção, sinalização e segurança rodoviária.