Balanço rodoviário de final de ano

Jorge Ortolá

28 de Dezembro de 2016

A cada final de ano civil, por hábito, cada um de nós, executa um balanço sobre o ano que está a terminar ou que já terminou, no sentido de perceber o que correu bem e o que correu menos bem.

Tal ação pretende que consigamos encontrar respostas para os acontecimentos nos quais estivemos envolvidos ou integrados, para que os possamos melhorar ou evitar no futuro.

Um balanço nem sempre realista

A cada ano fazemos, mesmo que por vezes inconscientemente, um balanço rodoviário sobre o ano que passou. Damos, muitas vezes, connosco a pensar sobre os gastos, essencialmente, que tivemos com a nossa viatura e quase nos garantimos que no novo ano será diferente; passaremos a utilizar mais os transportes publicos.

Mas nesse balanço que fazemos, principalmente, analisamos os gastos em combustivel e nunca o número de quilómetros efetuados, até porque nem temos o costume de apontar os quilómetros no dia 1 de Janeiro e depois no dia 31 de Dezembro.

Mas quem faz um verdadeiro balanço rodoviário sobre o ano que passou, é quem esteve envolvido em algum tipo de acidente rodoviário, não direcionando a avaliação para os custos diretos, mas sim para os indiretos; consequências e perdas.

Há vantagem em fazer o balanço?

Poderemos colocar a questão sobre se existem vantagens em efetuar o dito balanço rodoviário. Na minha opinião sim, existem sempre vantagens. E mesmo que tenhamos que recordar uma passagem menos feliz, essa recordação irá fazer com que não a repitamos ou, pelo menos, efetuemos uma refleção real antes de a voltar a, eventualmente, repetir.

Velocidade excessiva, manobras que apresentem perigo e se encontrem fora do contexto de segurança, consumo de alcool, utilização do telemóvel enquanto se conduz, entre outros aspetos, são fatores de risco e devem ser evitados.

Só desta forma poderemos diminuír a possibilidade de estarmos abrangidos nas estatísticas negativas de final de ano.

Balanço final de ano

Alguns valores que nos fazem pensar

Sabemos que os valores finais são colocados a 30 dias, pois esse é o período que a União Europeia estabeleceu como intervalo para se definir o real número de feridos graves e de mortos.

Assim, este ano de 2016, até à data em que este post foi escrito, temos a registar 123 828 acidentes rodoviários , número superior aos 119 365 do ano de 2015 e dos 114 255 de 2014.

Destes acidentes, contabilizam-se 432 vitimas mortais, menos 27 que no ano anterior e menos 31 que no ano de 2014. No entanto, no campo dos feridos graves, 2016 regista 1 995, menos que os 2 182 de 2015 e os 2 090 de 2014.

Quando observamos a coluna dos feridos ligeiros, verificamos que até à data existe o registo de 37 314, é inferior aos 37 841 do ano de 2015, mas superior aos 36 203 do ano de 2014.

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