A autonomia e o tempo de carregamento têm vindo a melhorar nos carros elétricos. Por isso, continuam a ser uma das suas principais áreas de oportunidade contra os automóveis de combustão interna.
Assim, espera-se que o seguinte grande passo sejam as baterias em estado sólido, cujo desenvolvimento já está a ser realizado por marca como a Toyota, que para além das vantagens anunciadas, espera-se que sejam mais económicas na produção, mais seguras por não terem filtragens de líquidos ou aquecerem menos e serem mais simples de produzir ao requerer menos componentes para a sua elaboração.
Agora, este gigante asiático associa-se aos seus pares Nissan e Honda para impulsionar este desenvolvimento, projeto no qual também estão a trabalhar especialistas em tecnologia da Panasonic e da GS Yuasa. A investigação é financiada pelo centro de avaliação e tecnologia de baterias de iões de lítio (Libtec), que ainda recebe apoios de 14,6 milhões de dólares do governo japonês através do Ministério da Ecnonomia, Comércio e Indústria.
Se bem que as baterias em estado sólido já existem, mas a investigação procura otimizá-las e comprovar a sua segurança e durabilidade com condições do mundo real. Espera-se que até 2025 as baterias possam disponibilizar autonomias de até 550 km e até 800 km no ano de 2030.
Maior autonomia
Em contraste com as ‘baterias de iões de lítio’ as baterias em estado-sólido utilizam um eletrólito sólido (all-solid-state batteries é o termo algo-saxónico atualmente usado nos meios científicos) sendo consideradas muito resistentes ao fogo e sem risco de fugas. No relatório do Citi Research que identifica as baterias em estado-sólido como uma das 10 tecnologias disruptivas sobre as quais devemos “refletir”, é também referido que estas baterias apresentam uma maior durabilidade, menor deterioração da performance por causa da maior resistência térmica. Consequentemente os sistemas de arrefecimento podem ser mais simples, sendo as baterias nesta tecnologia serão mais fáceis de conceber ocupando menos espaço, entre outras vantagens.
Diesel em declínio
A procura do Diesel começa a cair na Europa, o seu principal mercado, pelo que a Nissan espera substituir os seus veículos Diesel por elétricos a médio prazo. Pelo meio vai começar a recrutar postos de trabalho para a fábrica de Sunderland, a maior do Reino Unido, antes da queda de vendas dos Diesel.
O mercado mundial de baterias para automóveis eletrificados era dominado em 70% por empresas japonesas há cerca de três anos, valor que caiu para 41% com a entrada de novos concorrentes, principalmente da China e da Coreia, daí que uma associação deste calibre não seja acidental.