Centros de educação rodoviária (2)

Jorge Ortolá

5 de Dezembro de 2013

Ficamos recentemente ofendidos, e com razão, com uma campanha desenvolvida por uma marca de refrigerantes na Suécia. No entanto, aquele país não é apenas futebol, mobiliário ou campanhas publicitárias de refrigerantes. A Suécia é um dos países que mais aposta na segurança e educação rodoviária.

Prova disso são os valores da sinistralidade rodoviária registados anualmente, os objetivos e ações definidos para melhorar esses resultados e as centenas de milhares de euros no desenvolvimento de tecnologia automóvel das marcas que têm a chancela do país do norte da Europa, nomeadamente a Volvo e a Saab.

Plano estratégico de Segurança Rodoviária

O Plano Estratégico de Segurança Rodoviária Sueco está dividido em diversas classes etárias. Para cada grupo está definida uma intervenção que passa, não apenas pela ministração de educação rodoviária ou ações de sensibilização rodoviária a nível social, mas também a recolha de informação e opinião de ações a desenvolver estrategicamente um plano global ou localizado.

Deste modo, dentro das comunidades, conseguem as autoridades perceber as necessidades, adaptando cada espaço à segurança rodoviária enquadrada. Assim, com pequenas intervenções conseguem criar uma globalidade de segurança que encadeada entre si tem como resultado final a apresentação de valores capazes de fazer inveja a qualquer país.

Com a implementação de uma educação rodoviária desde as salas da pré-primária, a Suécia conseguiu que em poucas gerações os seus cidadãos adquirissem um comportamento rodoviário de respeito mutuo e essencialmente, de respeito por si próprios. Conseguem ter atualmente uma taxa de sinistralidade e mortalidade rodoviária baixa, procurando sempre uma nova diminuição dos valores a cada ano que passa.

Se em Portugal tivéssemos avançado, à duas ou três gerações com um Plano Nacional de Prevenção, Segurança e Educação Rodoviária, hoje teríamos condutores mais educados, bem formados, respeitadores dos seus pares e consequentemente uma taxa de sinistralidade muito mais baixa, menos custo com intervenções em acidentes rodoviários, indemnizações, reparações e adaptações de posto de trabalho a sinistrados.

Fotos ¦ Via S e Oficina do Condutor