Não estaremos a exagerar quando afirmamos que são centenas as ambulâncias que diáriamente entram na cidade de Coimbra, tendo como destino o Hospital da Universidade desta cidade.
E dessas centenas de ambulâncias, seguramente que mais de 90% acede vindas do IC2 e utilizando o cruzamento conhecido como “Casa do Sal“, regulado com sinalização luminosa.
A emergência dos condutores de ambulâncias
Invariavelmente, e é fácil de constatar para quem utiliza aquele espaço com regularidade, ali, naquele cruzamento, o tráfego entra em situação de congestionamento, promovendo a inevitáveis filas de trânsito.
Acontece que, essas filas de trânsito, muito trânsito, entram em conflito com as ambulâncias, muitas, que por ali circulam com destino ao HUC; não sabemos, na verdade, qual a emergência real com que circulam.
O que acontece é que, quando se acede ao local da “Casa do Sal”, os condutores das ambulâncias, para não estarem atrás de uma fila ou è espera que o sinal verde acenda para poderem passar, ligam as sirenes e forçam a passagem.
Como se sabe, o Código da Estrada impões uma paragem obrigatória aos veículos em emergência, podendo apenas seguir após a possibilidade de fluidez de trânsito, ou na eventualidade de um agente de regulação de transito dar essa indicação.
Mas, na verdade, o que acontece, repetidamente, é que os condutores das ambulâncias, abusivamente, simulam emergências que não têm, forçam passagens, buzinam insistentemente atrás de condutores que não se conseguem desviar ou forçam, em stress, a transgressão de outros condutores que, na sua boa fé de não atrapalharem, passam o sinal vermelho.
Formação de comportamentos adequados
Um grande problema com que se prendem as corporações de bombeiros, é a falta de formação de comportamentos adequada à boa prática da atividade de condutor de ambulâncias.
Esta formação, dada em tempo através do Projecto Sirene em Segurança e patrocinada pela Michelin, proporcionava aos operacionais terem posturas adequadas e de respeito por todos aqueles que utilizam o espaço público.
Hoje, sem formação adequada, verifica-se que os condutores de ambulâncias têm uma postura de abuso e desrespeito pelos demais utilizadores da via pública.
Uma fiscalização objetiva e real
Este abuso é, de certa forma, corroborado pelas autoridades de fiscalização rodoviária conimbricense, uma vez que assistem às constantes ocorrências e não se dão ao trabalho de verificarem se a “emergência” justifica o não respeito da regra.