Muitas casas de pneus e algumas marcas são a favor do enchimento dos pneus com azoto ou nitrogénio. São várias as vantagens que nomeiam face ao enchimento com “ar” normal. Neste artigo pode ficar a conhecer as mais valias referidas pelos especialistas, bem como a opinião da DECO relativa a este tema.
Azoto. Os fabricantes recomendam?
A Michelin diz que o enchimento dos pneus com nitrogénio ou azoto melhora o seu rendimento, prolonga a sua duração e aumenta a segurança do automóvel. São várias as oficinas de pneus e até marcas que recomendam o enchimento com nitrogénio porque mantém a pressão dos pneus correta e estável por muito mais tempo, o que optimiza a aderência, contribui para um menor consumo de combustível e aumenta a vida útil do pneu.
Esta prática proporciona maior segurança, maior poupança, mais conforto e é mais positiva para o meio ambiente. É compatível com qualquer tipo de pneu, independente das medidas e do automóvel. É altamente recomendável para os pneus sobresselentes, por exemplo, dado que mantém a pressão dos pneus correta durante mais tempo e, provavelmente, no momento que seja forçado a utilizá-lo tenham a pressão mais aproximada à recomendada do que um pneu cheio da forma convencional.
Está calculado que a perda de pressão devido a causas “naturais” seja de 0.14 bar por mês. Pode não parecer muito, mas, como é um fenómeno muito gradual e progressivo, o condutor acaba por não se aperceber da queda de pressão dos seus pneus.
Do ponto de vista da condução automóvel, a estabilidade da pressão interna do pneu é fundamental para se garantir a sua segurança. Na verdade, os pneus perdem gradualmente pressão, devido à crescente porosidade da borracha e à oxidação da zona de contacto do pneu com a jante, bem como do cone de vedação da válvula do pneu.
Para complicar mais a segurança de condução, cada pneu não perde a pressão de forma exactamente igual aos outros, o que gera desequilíbrios perigosos, principalmente ao rodar a alta velocidade, mesmo em reta, ou ao efetuar curvas e travagem pronunciadas.
Vantagens do nitrogénio nos pneus:
– Maior eficiência em termos de combustível (emissões de CO2 reduzidas);
– Maior vida útil dos pneus (pressão dos pneus mais estável, menor oxidação do pneu)
– Maior segurança (pressão dos pneus mais fiável, temperatura dos pneus mais baixa, melhor aderência e manobrabilidade);
– Maior vida útil dos bordos (o azoto é completamente seco, não há oxidação do bordo)
A DECO fala sobre as vantagens
Mas a DECO, num estudo efetuado no ano passado, veio desmistificar algumas desta questões e refere num comunicado escrito para o efeito:
“O azoto ou nitrogénio tem sido apresentado como alternativa ao ar para encher os pneus. O serviço, que custa cerca de € 2,40 por pneu, apresenta apenas uma vantagem marginal. Este gás não garante maior estanqueidade do pneu, da válvula e da ligação entre o pneu e a jante. Pelas suas caraterísticas de gás inerte, o azoto é utilizado em aplicações profissionais com níveis de grande exigência, tais como desporto automóvel, aviação e transporte em condições muito exigentes. Tratam-se de situações em que pequenas variações do estado dos pneus podem provocar grandes diferenças no desempenho dos veículos ou pôr em causa a segurança das operações. A grande vantagem do azoto face ao ar normal é o facto de manter uma pressão constante em condições extremas de utilização. Ao nível da segurança, o risco de sobreaquecimento e de baixa pressão é reduzido. A capacidade de travagem e a estabilidade mantêm-se. Dado ser um “ar” isento de oxigénio e água não apresenta problemas de corrosão.”
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