Perante uma situação de risco é muito importante saber reagir. No momento de conduzir podem surgir situações imprevistas tais como, por exemplo, quando e onde parar após uma avaria ou emergência, como mudar um pneu e saber a pressão correta do pneumático na sequência de um furo, como reagir perante um obstáculo na estrada e quando se devem acender as luzes de nevoeiro, etc…
Trata-se de imprevistos que seguramente já conhecemos, porventura até já nos aconteceu em alguma ocasião e até, possivelmente, colocaram em risco a nossa segurança.
Situações imprevistas mas evitáveis
Todas as situações imprevistas durante a condução não têm que ser inevitáveis. De facto, segundo a Associação Profissional de Empresas Formadoras em Segurança Rodoviária (Formaster), em Espanha, 60% dos condutores não sabe como reagir perante situações imprevistas na condução.
A teoria durante a preparação para tirar a carta de condução acaba por fica esquecida com o tempo e se, além disso, não praticar… por isso existem cursos de condução, como que a servir de reciclagem, que cobre essa lacuna dos condutores menos experientes (ou não) que queiram melhorar a técnica aos comandos de qualquer veículo. No entanto, deixamos aqui as quatro situações imprevistas mais comuns de que falávamos no início:
Quando e como parar em caso de avaria ou de emergência
Os condutores sabem quando devem colocar o triângulo de sinalização de perigo, mas há sempre dúvidas no momento de o utilizar. Este deve estar situado atrás do veículo imobilizado, no mesmo sentido da marcha, a 30 metros de distância, por forma a ser visto a pelo menos 100 metros pelos restantes condutores.
Perante uma avaria ou emergência para socorrer outro condutor ou numa paragem involuntária do veículo, devemos escolher, dentro das nossas possibilidades, um lugar seguro para imobilizar o automóvel. Seguidamente e antes de sair do veículo, tanto de noite como de dia, devemos colocar o colete refletor para poder sinalizar o veículo, como já vimos neste artigo. Parar num lugar seguro e colocar o colete evita atropelamentos.
Como evitar problemas com os pneus
Ter a pressão adequada nos pneumáticos a substituição dos mesmos em caso de furo são situações habituais que podem acontecer na estrada. A pressão indicada pelo fabricante é a melhor para a maioria das situações e veículos. Se colocarmos a pressão a menos, o pneumático tende a deformar-se, perder aderência e, em consequência, perda de controlo do veículo. No caso de ultrapassarmos a pressão, o pneu vai desgastar-se mais no centro do que nas laterais e absorverá de forma pior as irregularidades do terreno.
Quanto ao furo ou ao pneu rebentado, voltamos a recordar parte do mini guia sobre o que fazer nesse caso:
- Se tiver pneus runflat, não precisa de continuar a ler.
- O normal é que tenha um pneu suplente que lhe permita chegar à oficina mais próxima.
- Para tal, pegue em tudo o que precisa e coloque junto do pneu que vai troca: macaco, chave de cruz, porca de segurança e pneu suplente.
- Coloque o macaco debaixo da base recomendada pelo fabricante. Ajuste-o mas não levante ainda o carro. O veículo deve estar firme e com o travão de mão puxado.
- Depois, afrouxe as rodas do pneumático com a chave de segurança das rodas. É importante que não as tire já, afrouxe apenas.
- Agora, levante o carro até que o pneu furado fique totalmente no ar, sem tocar no chão.
- Já pode afrouxar totalmente as porcas e retirar o pneumático furado.
- Coloque o pneu suplente e ajuste as porcas. Não as aperte totalmente até ao final.
- Baixe o veículo. Quando o carro estiver completamente no solo, já pode retirar o macaco e ajustar bem as porcas.
- Por último, recolha a roda furada e guarde-a no local.
Em caso de dúvida, pode sempre recorrer ao seu seguro e pedir que lhe mandem a assistência em viagem, caso tenha essa cobertura. No entanto, seja qual for o caso, há que prestar atenção ao ambiente em volta e não trocar a roda num local onde nos possamos tornar um obstáculo ou correr o risco de sermos atropelados.
Quando e como usar as luzes de nevoeiro
A dúvida sobre quando utilizar as luzes de nevoeiro é frequente, mas depende sempre das circunstâncias e avaliação do próprio condutor.
O uso do farol de nevoeiro dianteiro é recomendável, ainda que não seja obrigatório, apenas opcional. Este sim, só se pode utilizar quando as condições meteorológicas reduzam a visibilidade. O seu uso pode ser combinado com os médios ou com os máximos. Já o farol traseiro deve ser ligado sempre que a visibilidade comece a ficar reduzida devido a névoa intensa, chuva forte, nevão, cortina de fumo ou pó.
Caso durante a condução veja que a névoa se levanta ou deixa de afetar a visibilidade, deve desligar os faróis (dianteiro e traseiro), uma vez que este último, por ser uma luz vermelha intensa, pode encandear levar os restantes condutores a pensar que está a travar.
Como reagir perante um obstáculo na estrada
O surgimento de um obstáculo como um animal solto, uma carga derramada ou outro objeto na estrada pode provocar situações de risco. No caso de que o impacto ou choque com o animal seja iminente, não devemos realizar uma manobra brusca como, por exemplo, uma guinada que apenas resultaria numa perda e domínio da direção do veículo e, em consequência, sofrer uma saída da estrada ou entrar na via contrária.
Caso conduza um veículo de quatro rodas e um animal se cruza consigo na estrada, sendo impossível de evitar atropela-lo, há que reduzir ao máximo a velocidade, travando e tentando que o choque aconteça pelo centro do veículo, para minimizar os danos do embate.
Muitas destas situações poderiam evitar-se se, além de boa formação, tivermos conhecimento das prestações do veículo. Isso é fundamental para atuar de maneira adequada fase a qualquer imprevisto. Para tal não é apenas necessário ler o manual do veículo, mas, também, verificar todos os elementos de segurança ativa e passiva de que dispõe. Tudo isso exigeperder um pouco do nosso tempo, mas vale a pena.
Fonte: CirculaSeguro.com
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