Quando chega o momento de comprar um carro novo, é habitual iniciar o processo via Internet (procurar informações, fazer comparações, etc…)-, e depois formalizar a compra indo ao concessionário. Contudo, nessa primeira janela online, é fácil começar a receber ofertas tentadoras e todo o tipo de mensagens que convidam a fazer uma compra sem sair do sofá. É possível fazer uma compra tão importante dessa maneira? É claro que sim. No entanto, é importante ter em conta uma série de conselhos para garantir que este processo não se torne uma má experiência.
- Visite muitos sítios web. Nunca fique com o primeiro site que visita. Tenha paciência e organize bem a sua busca entre as diversas existentes no mercado. Esta é a forma de encontra as melhores oportunidades.
- Evite as pechinchas. Ninguém dá nada de graça e se encontrar um carro muito abaixo do seu preço habitual, provavelmente esconde uma fraude. Desconfie dos anúncios sem uma descrição clara, das pessoas que pedem um pagamento adiantado para começar as gestões, e ainda mais desconfie de quem tenta pressionar a fazer a sua compra. Examine muito bem o anúncio: o texto, as características do veículo, as fotografias (a sua autenticidade). É sempre uma boa garantia, saber que pode contactar o proprietário ou o concessionário para ver o carro pessoalmente. Muitas vezes os anúncios podem incluir apenas uma ficha técnica, sem qualquer outro texto ou descrição: nestes casos, quando contactamos o vendedor, ele pode dizer que o carro é uma importação e que devemos adiantar o dinheiro. Se for este o caso, deve excluir esta compra imediatamente.
- Antes de realizar compra, é importante ver o modelo desse carro pessoalmente. Tem um concessionário para poder ver pessoalmente o mesmo modelo de carro que está interessado? Pode fazer um test drive? Quanto mais informações sobre o modelo em que está interessado, mais probabilidades de compra correta. É verdade que, se for um carro de segunda mão, não saberá se tudo está perfeito até a entrega, mas pelo menos com este teste pode ter uma ideia do tipo de condução, tamanho e uso do veículo.
- Revisões atualizadas. Se o carro vendido na Internet tiver um livro de serviço e manutenção atualizado, é um sinal muito positivo, mas não definitivo. É essencial conhecer o estado das revisões, garantias, tudo relacionado com a documentação (ITV, imposto de circulação) e inclusive levar o carro a uma garagem para ser verificado. Pode até pedir um relatório ao Registo de Veículos da DGT para obter todas as informações vitais sobre o veículo.
- Documento escrito com indicação do preço. Deve sempre pedir um documento escrito que indique o preço, comprovar se o preço compensa a viagem ou pagar pelo transporte de entrega sem um justificante do preço indicado.
- Teste do carro. Nunca comprar um veículo sem primeiro o conduzir. Nenhum vendedor pode recusar, a única condição é que o proprietário esteja presente durante o teste.
- Garantia na compra-a. Por lei, um carro novo tem dois anos de garantia. Durante este período, o vendedor é responsável por quaisquer defeitos de fábrico do veículo. Embora a lei estabeleça dois anos, é durante os primeiros seis meses quando se presume que essas falhas existiam de origem. Nos 18 meses restantes, é o consumidor quem deve provar que essas falhas realmente são de fabrico. Para além, o comprador pode contratar uma garantia adicional. No caso de segunda mão, se numa loja, existe uma garantia legal de pelo menos um ano. No entanto, se a venda for entre particulares, a garantia é limitada a 6 meses. Se surgir um problema, o comprador deve demonstrar que a falha já existia.