Adulterar a quilometragem original de um automóvel, principalmente no caso dos importados, está entre os “truques” que alguns vendedores usam para tornar “seminovos” mais atrativos, vitimando não apenas o consumidor final, mas também comerciantes que compram carros usados a outros estabelecimentos.
E esta prática criminosa acontece, inclusive, no caso dos modelos equipados com todo o tipo de contaquilómetros. A alteração é tão simles, que basta um dispositivo eletrónico para fazer essa alteração.
O segredo para se proteger deste tipo de golpe está na tentativa de tentar perceber o historial do veículo que pretende adquirir. No caso do carro ter sido sempre assistido na marca, mesmo tratando-se de um importado, basta ir até um concessionário oficial e através dos registo é possível perceber com quantos quilómetros fez a última revisão numa oficina da marca. O registo da inspeção periódica também pode ser uma boa forma de perceber um pouco do historial de determinada unidade.
Mas há mais. Também vale a pena quem pretende comprar carro usado, observar algumas pistas que podem ajudar, num primeiro momento, a identificar se o carro tem a quilometragem adulterada ou não. O Circula Seguro deixa-lhe um conjunto de dicas que pode utilizar se pretender comprar um automóvel nestas condições.
Primeiro, observe se existem sinais de que a instrumentação foi retirada. Riscos, arranhões e outros tipos de avarias no plástico transparente e na moldura do painel de instrumentos são indícios de que pode ter havido adulteração. No caso dos marcadores analógicos, uma dica é observar se os números estão alinhados. Além disso, a quilometragem deve condizer com o estado geral do carro. Ou seja, um carro com 40 mil quilómetros deve ter, por exemplo, pedais, bancos, volante, comando da caixa de velocidades e painéis das portas, interiores e exteriores, em perfeito estado. Os pneus também devem estar quase novos e originais (vale pesquisar qual é a marca e o modelo usado pelo construtor na época em que o carro foi feito).
Bateria trocada, ausência de jantes ou tampões de roda originais, chave mal conservada e, principalmente, ausência de manual do proprietário, também são suspeitas que devem consideradas indícios de que pode ter havido adulteração. Mesmo que compre um carro num stand ou concessionário de renome, é caso para desconfiar. Já foram identificados veículos adulterados em stands famosos e reconhecidos.
Se comprar o carro a um particular, o risco de adulteração de quilómetros é minímo.
Fotos: Chevrolet