O ano letivo começou e quem conduz um automóvel deve ter ainda mais cuidado quando está a passar por uma escola. Em Portugal todos os anos, cerca de 3000 crianças até aos 14 anos são vítimas de acidentes rodoviários. Estão os portugueses conscientes dos perigos de conduzir perto das escolas?
Os acidentes rodoviários são a principal causa de morte na infância e adolescência, em Portugal.
De acordo com a APSI (Associação para a Promoção da Segurança Infantil), por semana, em média, mais de 20 crianças e jovens morrem ou ficam feridos na sequência de um atropelamento. A maioria destes atropelamentos acontece entre os 10 e os 14 anos em zonas residenciais e durante os percursos casa-escola.
A falta de atenção às regras do Código da Estrada e o não adotar uma atitude de prudência são a causa de muitos acidentes ao pé das escolas.
Regras que devem ser levadas a sério quando estamos perante crianças no meio rodoviário:
– Reduza a velocidade perto de escolas, parques infantis e zonas de habitação;
– Atrás de uma bola pode aparecer uma criança;
– Não circule demasiado encostado aos veículos estacionados, pois de entre eles pode surgir uma criança;
– Na aproximação de passadeiras levante o pé e olhe para os dois lados para perceber se há alguém a querer passar;
– Não estacione em cima de passeios, passadeiras ou em 2ª fila. Se o fizer vai obrigar as crianças a deslocarem-se para a estrada para caminhar ou para verem melhor para atravessar;
– Para fugir da chuva, lembre-se que as pessoas podem correr, levar o chapéu-de-chuva muito inclinado ou a cabeça baixa, o que lhes dificulta a visibilidade;
– Quando os veículos de transporte público estão parados, podem irromper peões para atravessar a estrada, posicionando-se de forma invisível para os condutores.
“Ao contrário do que se possa pensar, é normal que as crianças se desloquem a correr, que se distraiam a brincar ou que voltem para trás quando menos se espera. O comportamento das crianças é muito diferente dos adultos quando andam na rua a pé”, refere a APSI.
Esta instituição declara ainda que “por serem mais baixas, as crianças não são tão visíveis aos condutores e o seu campo de visão é mais reduzido, tendo mais dificuldade em ver e em ser vistas. Mesmo as mais velhas têm dificuldade em fazer uma avaliação correta de todo o ambiente rodoviário e do risco de atropelamento”.
Fotos: chroniclelive.co.uk, en.autorc.ru