O automóvel, hoje, é o principal meio de transporte para praticamente toda a população, embora os condutores idosos não sejam em tão grande número. No entanto dado o evoluir dos tempos começam a ser cada vez mais. Cada vez vemos mais notícias de que um idoso andou em contramão na autoestrada, ou estudos que dizem que os idosos são os que têm mais acidentes, embora que também há estudos que dizem que são os jovens que têm acidentes mais graves, mas estes últimos devem-se a más decisões ao passo que os idosos é porque as suas capacidades motoras e também psicológicas já não são as mesmas.
Imagine que todas as pessoas que agora têm entre 50 a 60 anos, a conduzir nas estradas daqui a 30 anos, imagine pessoas de 90 anos a conduzir nas estradas com muito mais frequência do que se vê atualmente, porque uma coisa é certa a geração entre os 50 e 60 anos foi a geração que todos ou praticamente todos tiraram a carta de condução e um outro problema ainda que muitos descuram é que quando essas pessoas tiraram a carta de condução as regras da estrada eram outras e aquando da renovação da carta aos 50 anos ninguém faz testes de código ou mesmo de condução, como por exemplo nessa altura as rotundas deveriam ser contornadas sempre o mais à direita possível e embora as regras mudem conheço muitas pessoas que não ligam nada às novas regras.
Uma tese de doutoramento intitulada Avaliação Psicológica de Condutores Idosos: Validade de Testes Neurocognitivos no Desempenho de Condução Automóvel, apresentada à Universidade de Coimbra, teve o objetivo de determinar quais os testes cognitivos mais indicados para avaliar os condutores idosos, comparando os resultados nos testes com o desempenho de condução em contexto real de trânsito. A dissertação, financiada por uma bolsa da Fundação para a Ciência e Tecnologia concedida a Inês Ferreira, inclui estudos pioneiros em Portugal sobre a utilidade dos testes psicológicos para avaliar a aptidão para conduzir.
A implementação de estudos com testes psicológicos/cognitivos e condução automóvel foi possível através de uma cooperação entre a Faculdade de Psicologia da Universidade de Coimbra e instituições com reconhecido interesse na prevenção e segurança rodoviária. O Instituto da Mobilidade e dos Transportes, I.P. possibilitou a administração de testes psicológicos em condutores idosos referenciados por autoridades de saúde, no âmbito de processos verídicos de avaliação da aptidão para a condução. O ACP desempenhou também um papel essencial nas investigações ao proporcionar as condições necessárias à realização de provas práticas de condução, como um veículo automóvel e um examinador profissional.
Devemos lutar para que todos os condutores realizem estes testes quando chegam a uma certa idade ou mesmo quando sofrem acidentes mesmo que não sejam velhos, isto porque existem muitos casos de pessoas que sofrem acidentes e ficam com deficiências motoras ou psicológicas e continuam a conduzir sem que ninguém lhes faça testes para saber se estão aptos ou não para realizar tal tarefa. Fazer testes de código e condução seria o ideal para a avaliação correta dos condutores, deveria alias ser feito regularmente diria a cada 10 anos, penso ser um intervalo aceitável.
Veja-se esta notícia do Jornal regional “O Mirante”, este idoso que foi condenado a um total de 2000€ de multa por condução em contramão no IC 10, durante 9 km, por sorte não provocou nenhum acidente, mas poderia ter sido muito grave, ou mais grave ainda porque a situação já é grave o suficiente, o mais grave ainda é o juiz tê-lo proibido de conduzir durante 1 ano ou seja após esse ano já com 83 anos o idoso pode voltar a conduzir e isto não me parece nada bem.
Diga-nos a sua opinião, acha que os idosos deveriam ser proibidos de conduzir ou deveriam ser sujeitos a testes de condução rigorosos?