O conceito de mobilidade sustentável direccionada à utilização de bicicletas é, por agora, uma verdadeira utopia, uma vez que continua a não se ter as condições adequadas para que esse principio se concretize.
Poderão muitos dos leitores alegar que não será verdade que assim seja e que as grandes cidades já se encontram, de certa forma, preparadas e equipadas para que os utilizadores de bicicletas possam deslocar-se em segurança. Exemplos como Lisboa, Porto ou Matosinhos, são um exemplo disso mesmo, no entanto Portugal não é apenas três ou quatro cidades, mas um todo.
Uma questão de mentalidades governativas
Mentalidades governativas retrógradas, incompetentes e intemporais, são uma das causas que não permitem que o meio rodoviário siga o rumo da segurança, incrementado com opções de circulação rodoviária que criem um ambiente tranquilo e afável entre os seus utilizadores.
Se realmente se pretende que haja uma diminuição do volume de automóveis e respectiva poluição no interior das localidades, há que reunir pessoas capazes e com competência para projectar, debater e providenciar, para que no terreno surjam as infraestructuras capazes de solucionar o problema identificado.
Só assim se conseguirão resultados. Mas enquanto quem decide são pessoas colocadas nos cargos, apenas porque lhes devem favores políticos, financeiros ou outros, jamais se conseguirão encontrar mentalidades competentes, com capacidade de debater, projectar e actuar em prol do próximo, sem que com isso adquira protagonismo.
Foto¦ AZ