Está aí o Tutor no ensino da condução automóvel, devidamente legislado e com a possibilidade de entrar em actividade na formação dos futuros condutores. Está aí mais um complemento na legislação e que em nada, certamente, de bom vai acarretar para a segurança rodoviária.
Tem se verificado, pelos valor apresentados pela ANSR – Autoridade Nacional Segurança Rodoviária, que as alterações á legislação rodoviária nada de fantástico tem trazido à segurança rodoviária. Assim, interroga-se sobre qual a mais valia deste novo actor, o Tutor.
Um Tutor bem formado
Se analisarmos convenientemente a questão do Tutor, poderemos fácilmente chegar á conclusão que ele seria um personagem quase perfeito no ensino da condução automóvel, tal como acontece em outros países, nomeadamente no norte da Europa.
Acontece que, em Portugal, esse personagem, para além de não trazer nada de novo e bom à formação de futuros condutores, ainda os vai prejudicar, uma vez que a formação que ele mesmo, o Tutor, terá de possuir, nada mais será do que algumas horas teóricas que em nada vão alterar a sua postura rodoviária.
Ou seja, Portugal e os portugueses, não se encontram preparados para assumirem o papel de tutores com uma actuação segura e positiva. Para além de estarem enraizados de más atitudes rodoviária e “vícios” que não se enquadram com a segurança rodoviária, não têm uma predisposição natural para alterar comportamentos.
Desta forma, toda a informação que pretendam transmitir aos seus tutorados, deve sempre partir de bons exemplos, o que só por si será quase impossível, e de uma formação contínua e responsável. O papel do Tutor é aceitável sim, mas noutros termos e com outros princípios. Para que tal seja possível, o que não é em Portugal, terão primeiro os portugueses de alterar as suas posturas.