Autoestradas e vias rápidas são as estradas de alta capacidade que normalmente recebem a melhor manutenção. Para além de serem na sua maioria com portagem e devido à sua construção, são estradas que proporcionam maior segurança apesar dos limites máximos de velocidade mais elevados. Neste artigo analisamos mais de perto as estradas que se caraterizam por terem apenas uma faixa em cada direção, que normalmente atravessam montanhas, zonas costeiras ou pequenas cidades e onde devemos ter extrema cautela devido à possível presença de animais.
A rede rodoviária em Portugal oferece uma ampla gama de possibilidades. Há autoestradas e vias rápidas. Subsequentemente, e em função do itinerario, pode haver uma diferenciação entre:
- Estradas principais (IP): eixos de comunicação de maior interesse nacional. Garantem ligações entre os centros urbanos e os principais portos, aeroportos e fronteiras. Podem ser autoestradas ou rodovias.
- Estradas complementares ou secundárias (IC): tanto as IC como as EN asseguram a ligação com a Rede Nacional Básica e os centros urbanos de influência municipal ou supramunicipal.
- Estradas nacionais (EN): fazem parte da Rede Complementar da Rede Rodoviária Nacional em conjunto com as IC.
- Estradas regionais (ER): são as estradas de maior interesse regional.
- Estradas municipais.
Os últimos dados fornecidos pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária de Portugal (ASNV) em 2022 indicam que as estradas urbanas são as mais afetadas por acidentes rodoviários. Nomeadamente, 62,9% dos acidentes e 31,1% dos acidentes mortais. A seguir, as estradas nacionais com 19,2% de acidentes e 32,5% de mortes na estrada.
De acordo com o mesmo, tendo em conta a mortalidade por 100 acidentes, a taxa de gravidade mais elevada foi acentuada precisamente nas estradas regionais (+97,0%), nas estradas principais (+48,6%) e nas estradas complementares (+48,2%), em contraste com a diminuição registada nas estradas nacionais (-4,8%) e nas estradas municipais (-1,6%)
Especial atenção às estradas de faixa única em cada sentido
A este respeito, queremos destacar as estradas com uma única faixa de rodagem. Geralmente, têm duas faixas, um para cada sentido de trânsito. Isto significa que existem determinadas manobras, como a ultrapassagem, que são especialmente perigosas, desde que sejam permitidas, já que devem invadir a direção oposta. Além disso, muitos ciclistas utilizam estas estradas. A manobra de ultrapassagem, se não for realiza corretamente, pode ser um risco se não for feita adequadamente: nunca ultrapassar se for proibido, se houver veículos em sentido contrário ou se não puder regressar à sua faixa em caso de qualquer incidente. Lembre-se de deixar uma distância lateral de 1,5 metros do ciclista.
Para além, há passagens e cruzamentos ao mesmo nível e há acessos a terrenos contíguos. É claro que estas estradas são mais antigas, são frequentemente sinuosas e a superfície da estrada é menos regular. De facto, uma das principais deficiências é que têm menos manutenção e estão geralmente em pior estado que as autoestradas.
A passagem de muitos desses trechos por montanhas significa que têm numerosas curvas e, portanto, menos visibilidade. Para além, animais como os javalis, veados e afins entram frequentemente na estrada no momento mais inesperado.
Devido a estas caraterísticas especiais, a velocidade máxima é menor que nas autoestradas. Pode variar entre 90 e 100 km/h. No entanto, é essencial adaptar a velocidade às condições da estrada e às condiç4oes meteorológicas.
Aumentar a cautela nas estradas convencionais e não correr riscos.