Ford mostra como é conduzir com ressaca

Alberto Valera

17 de Abril de 2017

Felizmente a mentalidade da nossa sociedade mudou com o passar dos anos no que respeita à condução. A mudança também aconteceu à base de mão pesada, mediante sanções, aumento do controlo do trânsito e de fortes campanhas de consciencialização dos condutores.


Portanto, são cada vez mais aqueles que pensam em colocar-se ao volante de um veículo depois de terem consumido alcool ou algum tipo de estupefaciente.
Todavia há muitas outras razões físicas pelas quais não devíamos sequer pegar no carro. Uma dor de cabeça, um ataque de tosse, que também reduz a nossa capacidade para conduzir, mas também a ressaca. Em estado de ressaca já alguma vez não pensou em colocar-se ao volante de um automóvel?

É muito provável que nesta Páscoa, nas várias reuniões familiares ou com amigos, tenha bebido uns copos a mais e regressou a casa de autocarro ou de táxi. Espero que tenha feito desta forma. Mas, na manhã seguinte, com o corpo dorido e “mole” e uma forte dor de cabeça, teve de pegar no carro por qualquer circunstância. Já não tem a taxa máxima de alcool no sangue, mas conduzir com estes sintomas é tão perigoso como conduzir bêbado.

A Ford quer consciencializar os condutores e fazê-los ver que se conduzirem com ressaca, e mesmo que já não haja alcool no nosso sangue, continuamos a ser um risco, que pode ser tão alto como se nos encontrássemos sob o efeito de alcool, pois o mau estar geral e o défice de sono afeta consideravelmente os nossos reflexos, o nosso tempo de reação.


Por isso, a marca da oval azul encarregou o Instituto Meyer-Hentschel, na Alemanha, de produzir um fato que simule no corpo os efeitos da ressaca. Este fato pesa 17 kg e tem um colete especial, pesos de pulso e tornozelo, gorro, óculos e auriculares. todos estes elementos em conjunto simulam os sintomas do dia posterior a uma noite de borga, como o consaço, a má disposição, a sensçaão de cabeça a palpitar e ainda dificuldade de concentração. Os auriculares recriam a sensibilidade aumentada do som e as experiências típicas de uma enxaqueca, enquanto o gorro e os óculos simulam a sensação de má disposição, tonturas e de dor de cabeça.
O doutor Richard Stephens, professor de Psicologia da Universidade Keele do Reino Unido, investigador de alcool e perito em ressaca e que já vestiu o fato desenvolvido pela Ford, declarou, “as pessoas não se dão conta até que ponto a ressaca afeta as habilidades e capacidades para fazer qq coisa. Este fato de condução com ressaca chama a atenção sobre essa tema de forma direta”.
Esperamos que tomemos consciência e nos demos conta que, tal como conduzir depois de ingerir alcool e drogas, uma ressaca por ser muito perigosa, tanto para o condutor como para os outros utilizadores da estrada.

Foto e vídeo: Ford