Nem sempre só, nem sempre em grupo. Os estremos não são bons conselheiros e no que diz respeito a passeios de moto, trata-se exactamente do mesmo. Se o passeio for sempre na solidão, o motociclista não compartilha as suas experiências com outros amantes da modalidade, ou adquire outros conhecimentos, mas se sair sempre em grupo, acaba por perder algo bastante importante que se chama “privacidade”.
Para começar, é bastante importante que os participantes num passeio de moto em grupo conheçam o itinerário que pretendem percorrer, estando já definidos alguns pontos de paragem. Uma boa ideia é definir um roteiro e distribuí-lo por todos.
Preparados para partir
É bastante importante que no dia definido para se executar o passeio de moto, todos cheguem a horas de partir, ou seja, moto com o depósito de combustível cheio, o corpo com as necessidades físicas contempladas e a carga, caso se transporte alguma, devidamente acondicionada. É importante, igualmente, que na noite anterior se tenha gastado algum tempo a verificar alguns aspectos importantes da moto, tais como pressão dos pneus, as luzes, o óleo, os travões, etc…
Para que o passeio tenha garantida uma segurança minima, dentro do grupo deve ser estabelecida uma hierarquia e pequenas regras que todos devem entender; na moto da frente deve circular um condutor experiente, que domine o trajecto e que seja capaz de manter um ritmo de circulação, nem muito lento nem muito rápido.
No final do grupo deve circular a moto com o condutor mais experiente. Primeiro deve ser paciente, visto que, por vezes vai circular mais devagar, outras vezes porque vai ser ultrapassado e terá a capacidade de fácilmente recuperar terreno perdido. Será também importante que o condutor dessa moto tenha conhecimentos de primeiros socorros e seja capaz de auxiliar num acidente rodoviário, nomeadamente, com a devida sinalização e chamada das entidades de socorro competentes.
Relativamente ao restante grupo, devem ter o cuidado de circularem com uma distância de segurança adequada, evitando as ultrapassagens entre si, as desnecessárias. Em auto-estrada ou vias mais largas, deverão circular desfazados, pois desse modo terão uma maior visibilidade da faixa-de-rodagem. Apenas em curva deverão reorganizar a fila indiana.
Se em algum momento um determinado condutor perceber que o ritmo a que conduz a sua moto é mais lento, deverá facilitar a ultrapassagem de quem vem atrás, desse modo perdemos um problema, que é a preocupação de estar a servir de tampão à outra moto e ainda podemos aprender com o condutor que se adianta, observando-o. Jamais deveremos forçar o nosso andamento acima das nossas competências. Essa é uma causa das quedas que ocorrem.
Sempre que sentirmos necessidade de ultrapassarmos quem nos precede, devemos ter o cuidado de o fazer, apenas, num local onde haja boa visibilidade, sempre advertindo os demais condutores, para que não sejam apanhados desprevenidos.
Sempre que uma ou mais curvas criem uma quebra no grupo de motos, devem as rectas servir para reunir esse mesmo grupo, mantendo sempre uma velocidade adequada e dentro dos limites estabelecidos, evitando dessa forma que algum radar detecte algum excesso de velocidade.
As paragens para reabastecimento, devem ter sempre em conta a moto com menos autonomia. Se a sua tem maior autonomia, deve considerar se não será preferencial aproveitar essa paragens para atestar, também.
Ser auto-critico é essencial; ou seja, devemos perceber se nos sentimos confortáveis em passear ou viajar com aquele grupo especifico, seja porque circulamos mais rápido ou mais lento ou sentimos que não temos a moto ideal. Se tal acontecer, será sempre melhor escolher outro grupo e dessa forma diminuir os riscos.
Foto¦ Turismo.culturamix