A influência da fadiga no contexto geral da condução

Jorge Ortolá

10 de Junho de 2016

Fadiga e sonolência são condições diferentes que podem atingir o condutor. São condições dispares, mas quem por elas é atingido não as sabe diferenciar. Os seja, a sonolência pode levar o condutor ao adormecimento, enquanto a fadiga não tem, obrigatoriamente, de o fazer.

Mas então, como pode a fadiga influenciar o estado do condutor e a sua condução? A fadiga pode ser física ou mental, e a mental é, definitivamente mais critica do que a física, uma vez que leva à dissipação da atenção do meio envolvente e ao respetivo aumento do tempo de reação.

A fadiga é o inimigo invisível do condutor

Após um dia árduo de trabalho, principalmente daqueles indivíduos cuja profissão é minuciosa, cria no cérebro um estado de fadiga que tem como consequência uma abstração do meio envolvente. Diz-se que conduzimos em “piloto automático“.

Os condutores que se encontram nesta condição, fecham a visão periférica e diminuem a visão em profundidade. A capacidade de reação diminuí exponencialmente, o que faz com que a distância de reação aumente.

Em situação de trânsito complexo, o condutor não vai ter capacidade de reagir adequadamente, correndo sérios riscos de entrar em conflito com tudo e todos aqueles que se encontram ao seu redor.

Fisicamente o condutor não tem a melhor capacidade de interagir com os acontecimentos que se vão desenrolando ao seu redor, uma vez que o cérebro não emite a ordem adequada e em tempo adequado.

Muitas são as vezes em que nos sentimos mentalmente cansados, no entanto insistimos em continuar a desenvolver a nossa condução, uma vez que numa análise errada, tentamos convencer-nos que estamos a curta distãncia do nosso destino.

Mas tantas também são as vezes em que, ainda assim, mesmo a uma suposta pequena distância, o condutor se vê envolvido num acidente rodoviário com consequências nefastas, apenas porque não parou e descansou ou optou por outro meio de transporte, no qual não era condutor.

Foto¦ Sapão