Lisboa, nunca mais será a mesma. pelo menos é o que sugere a nova lei intituida pela Camara Municipal de Lisboa, no que diz respeito à circulação de veículos com registo anterior a 2000, em determinadas zonas da capital portuguesa.
Segundo a autarquia lisboeta, a aplicação da lei local não pretende eliminar a circulação de veículos matriculados antes do ano de 200, mas sim diminuir a taxa de emissão de CO2 para a atmosfera em horário entre as 7:00 horas e as 21:00 horas dos dias úteis.
Novas regras para melhoria ambiental
Se pensarmos em termos ecológicos, a ideia de afastar viaturas que emitam um coeficiente de CO2 superior a um valor que condicione a qualidade do ar respirável dos cidadãos utilizadores do espaço público da cidade, até não é má. Isso já acontece em muitas capitais europeias.
Agora, o que no minimo se exige, é que haja um estudo credível, capaz de avaliar o impacto desse condicionalismo para quem pretende deslocar-se nessas artérias de Lisboa. Um estudo e respectivas soluções, capazes de oferecer soluções aos cidadãos, circulem eles a pé, automóvel ou motociclo.
No entanto, a lei determinada pela CML não é tão linear quanto pode parecer, uma vez que, se os automóveis apresentarem uma data de matricula anterior a 2000, poderão continuar a circular se estiverem equipados com sistema GPL.
Casos de conflito de interesses
Coloca-se num entanto uma questão pertinente; Foi determinado um horário para que as transportadoras de materiais e bens de consumo possam circular nas ditas zonas ZER? É que se não foi, como vão fazer as empresas que prestam este tipo de serviços? Aguardar horário posterior às 21:00 horas, obrigando que os receptores da mercadoria se mantenham para lá deste horário, ou exigir-lhes que abram portas antes das 7:00 horas?
Parece-me que há aqui questões muito importantes que não foram avaliadas, estudadas e resolvidas. Estaremos perante de mais uma norma efectuada sobre o joelho de algum iluminado? É verdade que devemos procurar uma melhoria ambiental rodoviária, mas também não é menos verdade que devemos tentar que essas soluções não entrem em conflito com os principais interessados.
Foto¦ Público