Medo de conduzir: Quais são as causas?

António Ferreira

29 de Julho de 2013

Não é a primeira vez que falamos sobre a amaxofobia no Circula Seguro e hoje recuperaremos as nossas reflexões sobre o medo de conduzir, após a realização de um estudo da FUNDAÇÃO MAPFRE em Espanha, que procura explicar o porquê da amaxofobia. Estima-se que cerca de 8,5 milhões de pessoas sofrem com o medo de conduzir em determinadas circunstâncias relacionadas com o clima, densidade de tráfego, condução nocturna e novas rotas, para nomear alguns exemplos.

Assim sendo, um terço dos condutores sente medo de conduzir e existem alguns dados curiosos, como o fato de que a percentagem de mulheres com amaxofobia é quase o dobro em relação aos homens. O medo de conduzir é um distúrbio no qual os afetados sofrem em silêncio e que afeta a autoestima do mesmo, mas que pode ser superado com a ajuda de um especialista.

Os factores que influenciam a amaxofobia são diversos, mas há alguns aspectos comuns às pessoas afetadas, como por exemplo a predominância do distúrbio em mulheres acima de 40 anos, geralmente com carta de condução há mais de 15 anos, mas que não conduzem com muita frequência ou, inclusive, tenham desistido de conduzir.

É comum que essas pessoas sintam inicialmente medo logo após obterem a carta de condução, e o problema é desencadeado especialmente se eles sofreram ou testemunharam um grave acidente de viação ou agindo pessoas inseguras, porque eles precisam para controlar múltiplas facetas de sua vida, incluindo a condução.

A amaxofobia afecta sobretudo as pessoas que ficam com medo pela falta de controlo, são inseguras e muitas vezes sofrem de estresse e depressão. O distúrbio também tende a ocorrer em pessoas que deixaram de conduzir por um determinado período de tempo e que padecem de outras fobias, como o medo de voar ou de espaços fechados.

Falamos também de pessoas muito responsáveis, auto exigentes, perfeccionista, que necessitam de alguém para cuidar deles e que gostam de ter todas as variáveis ??possíveis sob seu controle, incluindo a condução. Qual é o problema? O problema acontece quando imprevistos interrompem a sua ordem, e assim a insegurança ataca. Além disso, a amaxofobia macho geralmente surge após os 60 anos e está ligada à redução da aptidão física e mental.

Ao sentir o mínimo dos risco, os amaxófobos preferem não conduzir, tornando-os pessoas muito dependentes e acostumadas a mudar continuamente de planos. Consequentemente, eles sentem-se frustrados, tristes, desamparados e com baixa autoestima, especialmente porque não compreendem o motivo porquesofrem do medo de conduzir e não sabem como superá-lo. Os amaxofóbicos que e veem forçados a conduzir, fazem-no com ansiedade, nervosismo, sentindo palpitações e as palmas das mãos suadas.

Mais de metade das pessoas que sofrem de amaxofobia passam a conduzir de forma esporádica, realizando sempre as mesmas rotas e evitam situações que os façam sentir mais inseguros, como por exemplo conduzir em autoestradas, rodovias com tráfego intenso ou durante a noite.

Tal como acontece com outros distúrbios semelhantes, o medo da condução pode ser tratado com a ajuda de um psicólogo especializado em fobias. O primeiro passo é tomar consciência do problema e procurar ajuda junto de um professor rodoviária ou, dependendo do caso, junto da família, para a ganhar confiança durante a condução. Além disso, se a amaxofobia está relacionada com acidente de viação, você poderá necessitar de procurar ajuda para o stress pós-traumático.

Estas são apenas algumas das conclusões do segundo estudo realizado pelo Instituto de Segurança Rodoviária da FUNDAÇÃO MAPFRE acerca do medo de conduzir medo, para encontrar denominadores comuns em pessoas que sofrem amaxofobia e compreender melhor o distúrbio, com o intuito de tratá-lo correctamente e ajudar preveni-lo.

Ligação |  Estudio cualitativo sobre amaxofobia o miedo a conducir
Foto | Renault