Mobilidade condicionada, em local de fluxo turístico

Jorge Ortolá

7 de Setembro de 2015

É sabido que em muitas cidades portuguesas a mobilidade de peões se encontra condicionada devido a barreiras arquitectónicas que os responsáveis pela gestão do trânsito insistem em não ver e tentar resolver, para melhoria dos seus utilizadores.

Muitas são as cidades, mas este caso específico acontece em Coimbra, cidade capital de distrito na zona centro do país e que tantos turistas acolhe para apreciarem todos os pontos atractivos históricos que tem disponíveis aos seus visitantes.

Uma travessia condicionada

Certamente que não terá sido propositada a falha que detectamos na baixa de Coimbra. Tantas são as vezes que por lá passamos, muitos de nós e certamente muitos já foram os que se virão condicionados com a situação, principalmente aqueles que têm, na sua locomoção, a dificuldade de circularem por todo o caminho que enfrentam.

Nessa mobilidade que desejam ser fluída, são confrontados com a passagem de uns carris que, outrora, serviram para que o comboio da Linha da Beira fizesse a ligação à Estação Nova. Acontece que essa mesma linha já se encontra descativada, faz muitos anos. Deste modo, é incompreensível que aqueles carris ali se mantenham.

Poderão surgir os argumentos que esses mesmos carris iriam servir a linha do Metro do Mondego. Acontece que, ao que parece, nem quando a Républica voltar a ser Monarquia, esse serviço do Metro do Mondego será uma realidade. Ou seja, a mobilidade através dessa estructura jamais será uma realidade…pelo menos nos próximos cem anos.

E como tal tem uma probabilidade elevada, não é compreensível que aqueles carris ali se mantenham, criando uma concavidade que bloqueia a passagem de cadeiras de rodas, essencialmente, mas também a idosos com mobilidade insuficiente. Este é, parece-me, um ponto que merece toda a atenção dos responsáveis da Câmara Municipal de Coimbra, com vista a usufruir de obras de melhoramento