Duarte Paulo

28 de Janeiro de 2014

A nossa capacidade de deslocarmo-nos nas grandes cidades é cada vez mais difícil, em especial em locais onde a densidade urbana é elevada, ou nos casos onde esta ocorreu de forma desordenada, impedindo o planeamento e a criação de infraestruturas adequadas.

A mobilidade urbana é a capacidade de levar do ponto A, ao ponto B, pessoas e bens, dentro do espaço de uma cidade para a realização das atividades quotidianas sem percas de tempo, naturalmente de modo confortável e seguro. Sabe que custos são agravados quando a mobilidade urbana não é prioridade?

As perdas pela falta de mobilidade urbana

A possibilidade de conseguir se deslocar eficientemente é uma das premissas da mobilidade urbana que tem grande impacto na economia local e na qualidade de vida das pessoas, pois as perdas de eficiência e eficácia além de problemáticas, custam caro, tanto ao estado quanto à sociedade, em virtude das perdas que proporciona.

A tão falada produtividade diminui, de uma forma geral, e todos nós perdemos, seja de forma direta, em tempo ou no valor do combustível, mas também pela ineficiência dos transportes no geral, pois se uma mercadoria demorar mais quem irá pagar será o consumidor final e se o estado arrecadar menos impostos pelas vendas irá arranjar outras formas de ir buscar a verba que necessita.

Noutro nível, existem custos para a saúde, diversos estudos mostram que consegue-se medir o custo com doenças respiratórias e stresse, o quanto isso sobrecarrega o sistema se saúde. A nível do transporte de mercadorias, o valor gasto com as perdas de bens perecíveis, ou então, com os cuidados necessários para sua conservação, também são mesuráveis.

Implicações a longo prazo

Algo que é negligenciado e que a longo prazo será o principal custo, decorre dos impactos ambientais causados pelas emissões de dióxido de carbono para a atmosfera, resultante do funcionamento dos motores dos veículos que utilizam combustíveis fósseis, que ficam parados nos congestionamento ou a circular a velocidades pouco eficientes.

Pensar na mobilidade urbana, como algo urgente e necessário à nossa evolução é essencial, melhorando os transportes públicos, com melhor aproveitmento das tecnologias existentes e com a aplicação de mais tecnologia, novas ideias e métodos inovadores, este é um dos mais urgentes desafios do século XXI.

É necessário pensar a mobilidade urbana de modo mais eficiente em termos sociais, económicos e ambientais, é necessário procurar transformar a mobilidade urbana em mobilidade urbana sustentável. Boa viagem.

Foto | Andrew Nash