As novas fórmulas de mobilidade sustentável estão a transformar as deslocações nas grandes cidades. Os serviços de motosharing (ciclomotores partilhados) que são cada vez mais procurados e cresceram mais de 400% no último ano, mostram que uma maior consciência ambiental, restrições aos veículos poluentes e a necessidade de maior agilidade nas viagens, têm um grande número de seguidores.
Os serviços de motosharing baseiam-se no aluguer de uma mota por um período de tempo limitado. A chave é que, ao longo do dia, um único veículo pode ser utilizado por muitas pessoas. A vantagem mais evidente é a de poder utilizar uma mota sem ter de comprar uma, o que é uma boa opção para não ter de se preocupar com manutenção, reparações, etc…
A maior parte dos serviços de motosharing oferece veículos 100% elétricos, o que consequentemente se traduz em cidades mais limpas do ponto de vista ambiental e também acústico. Para além, utilizar motas nas cidades ajuda a aliviar o congestionamento, graças à sua fluidez e velocidade, e aumenta a flexibilidade nas viagens interurbanas.
Contudo, se tiver decidido viajar pela cidade numa mota partilhada. não se esqueça de andar com cautela.
Poupança
A poupança é também outra das grandes vantagens que este serviço oferece: estima-se que o consumo de eletricidade duma mota elétrica custa menos de 1 euro por 100 quilómetros. Geralmente paga-se apenas pelos minutos utilizados, embora o preço em algumas empresas especializadas depende da faixa horária ou da velocidade da mota.
Por outro lado, como as motas elétricas não geram quaisquer emissões poluentes, não estão sujeitas a quaisquer restrições no acesso ao centro das grandes cidades. Muitas empresas têm os seus próprios parques de estacionamentos nas cidades, pelo que o estacionamento também é fácil. Porém, é aconselhável conhecer os estatutos municipais para saber se existem áreas onde o estacionamento de motas é proibido. No caso de um agente da autoridade impor uma multa de estacionamento ao veículo é o utente que deve pagar, bem como se for denunciado enquanto conduz.
Requisitos
Para ter acesso aos serviços das empresas de motosharing, é necessário ter uma carta de condução B há pelo menos três anos ou ser maior de 18 anos de idade com carta A, A1 ou A2. Também é necessário registar-se na aplicação da empresa que presta o serviço. Neste registo é necessário fornecer os dados do cartão bancário, que será utilizado para cobrar o montante da utilização. Lembre-se que algumas empresas exigem um período de 24 horas para verificar a autenticidade e validade da carta de condução.
Geolocalização
Ao receber a confirmação de que as suas credenciais estão corretas, poderá aceder à frota de motosharing da empresa que escolheu. Pode utilizar o seu telemóvel para geolocalizar a mota mais próxima no ponto onde está e pode até fazer uma reserva da mota. Em geral, terá cerca de 15 a 20 minutos para utilizar a mota reservada: após esse tempo, outro utente poderá aceder à mota.
Uma questão importante a ter em conta é que numa mesma cidade, cada operador normalmente tem uma área de serviço exclusiva. Isto significa que pode circular livremente nas zonas de outros operadores, mas a sua viagem deve terminar na área definida da empresa. O risco é ficar sem bateria fora dessa área. A multa por estacionar a mota fora da sua área de ação varia em cada empresa, mas normalmente é de pelo menos 75 euros.
A chave que liga a mota será o seu próprio telemóvel. Para além, pode utilizar o telemóvel para abrir o compartimento da mota onde há dois capacetes, rede para o cabelo e toalhetes para higiene. Se quiser, pode utilizar o seu próprio capacete.
E lembre-se que estará coberto durante a sua viagem. Em caso de acidente, a empresa é responsável por quaisquer danos que possa sofrer, desde que não tenha feito mau uso do serviço.