Nesta altura do ano em que milhares de imigrante viagem dos seus países para a sua terra natal, vê-se muitos casos de acidentes que ocorrem devido ao sono por passarem milhares de quilómetros a conduzir em alguns casos sem pausas.
As marcas de automóveis já utilizam em alguns carros tecnologias que permitem alertar o condutor para este perigo mas na realidade mas poucas pessoas têm esses sistemas nos seus carros e os que têm talvez não sejam assim tão eficazes porque em alguns casos apenas dá um som em baixo volume, ou seja se o condutor não o ouvir à primeira nada feito. Neste sentido um grupo de jovens empreendedores, querem contribuir para a redução da sinistralidade rodoviária, sobretudo, em veículos profissionais como carrinhas, camiões ou transportes pesados de passageiros (veículos em que os sistemas atuais de deteção de fadiga muito raramente estão instalados porque as empresas querem poupar dinheiro).
O dispositivo chama-se HealthyDrive e deteta sonolência, fadiga e outros fatores de perigo para a condução. A tecnologia é portuguesa e procura chegar às grandes marcas. É um pelho retrovisor, mas não é um simples espelho, este analisa a cara do condutor. O HealthyDrive deteta sonolência, fadiga, alterações de humor e “stress”. Se houver fatores de perigo emite um alerta sonoro.
O diretor executivo da HealthyRoad, empresa incubada no UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, Filipe Oliveira, revelou que o espelho tem uma pequena câmara incorporada e uma unidade de processamento que alerta o condutor.
Os primeiros testes deste “espelho mágico” ocorreram no Chile, uma vez que foi através desse governo que o projeto ganhou financiamento, que tal como outros países desse continente quer reduzir o número elevado de acidentes rodoviários. Bem na minha opinião o problema não parece estar no sono do condutores mas sim nas péssimas condições das estradas e da falta de cumprimento das regras do código da estrada do Chile.
Durante 5 meses a equipa vai desenvolver o HealthyDrive no Chile, mas sem perder de vistas outros mercados. Em Portugal, os testes estão a ser feitos em colaboração do Grupo Rangel, que também já está em Angola – mais uma oportunidade de negócio para a HealthyRoad.
Até ao final do ano, deverá começar a produção da primeira série deste espelho mágico, que deverá custar cerca de 300 euros, parece-me um pouco caro, mas com a massificação de produção certamente que o preço descerá.