Não quer esperar pela disponibilidade da marca? Em muitos casos, os prazos de entrega podem ser particularmente longos. Para além, os carros novos são cada vez mais caros, especialmente quando falamos de veículos híbridos e elétricos. Ao optar por um carro usado, é importante ter em conta uma série de recomendações, principalmente ao comprar de um particular. É fundamental que toda a informação seja fornecida de forma transparente e clara, o que é essencial nestas transações.
1-O carro deve ter todos os documentos em ordem. Devemos verificar se possui um certificado de registo de veículo válido e a MOT em vigor ou ficha técnica. Não esqueçamos que isto é imprescindível para que o carro possa circular.
2-Verificar os dados técnicos e administrativos do veículo. Desta forma, podemos saber se o veículo está em dia com a MOT, quando é o próximo serviço, se há dívidas, processos judiciais, se há qualquer outro problema administrativo ou judicial, etc.
3-Controlos de manutenção. Passou por todos os controlos? Foram realizados controlos na oficina da própria marca ou numa independente? Lembre-se que o fabricante recomenda o controlo do veículo após um período de tempo ou um certo número de quilómetros. Esta verificação periódica mantém a garantia do fabricante (importante nos carros mais novos). Verificar se foi realizada esta manutenção de acordo com as especificações do fabricante.
4-Fazer uma primeira verificação visual do carro para ver se está em bom estado. Mesmo que não sejamos especialistas, podemos ver se há golpes que possam chamar a atenção para uma falha “escondida”. Nesta primeira inspeção visual, também devemos verificar se os pneus estão em bom estado, já que se for necessário devemos substituí-los, o qual implica um custo adicional que deve ser considerado. Verificar também o estado do interior do veículo: estofos, volante, interruptores, painel, cintos de segurança (não desfiados, partidos ou deformados), estado da alavanca de velocidades…
5-O melhor é testar. Da mesma forma que testamos um carro novo antes de comprar, também devemos testar um carro usado. Não há nada como conduzir o carro que gostamos para verificar se é realmente o adequado. Tem uma condução ergonómica ou procura um estilo mais desportivo? Aproveita para ver o travão, se há problemas com a mudança de velocidades, ruídos estranhos, algum sinal de avaria no painel…
6-O melhor controlo? Numa oficina. No entanto, não todos os proprietários estão dispostos a isso. É a melhor forma de garantir que o carro está em bom estado ou de saber se será necessário realizar algum investimento em breve.
Se houve esta opção e foi detetada uma avaria, devemos avaliar a sua importância. É possível resolver o problema? Qual é o preço e quanto tempo o carro deve permanecer na oficina? Pode causar uma avaria maior?
7-Despesas adicionais e futuras do carro. Por um lado, devemos ter em conta quais as despesas adicionais vamos ter com o carro, ou seja, manutenção, MOP, seguro do carro… Depois disto, devemos avaliar as despesas futuras que pode significar futuros controlos e/ou avarias.
De acordo com o ano do carro, podem surgir mais problemas. Para além, há controlos que apenas são feitos quando o automóvel já tem um determinado número de quilómetros ou anos, por exemplo, a correia de distribuição, substituída entre os 60.000 e 240.000 quilómetros de acordo com a marca e o modelo ou entre os 5 e 10 anos e, normalmente, é um custo extra que deve ser considerado ao negociar o preço de venda. Caso o carro tenha corrente de distribuição, isto não é necessário.
8-Cumpre as expetativas e as suas necessidades? Mesmo que normalmente verificamos estas informações antes, é importante verificar no carro: número de lugares, possui o sistema Isofix (muito recomendável no caso de necessitar para sistemas de retenção infantil e obrigatório nos carros novos desde 2014), tipo de luzes, espaço interior, distância entre o banco do condutor e o volante (importante para as pessoas muito altas), espaço para bagagem…
9-Se não foi possível levar o carro à oficina antes da sua compra, é recomendável levá-lo imediatamente depois para não perder a garantia. As máquinas de diagnóstico das oficinas são capazes de detetar avarias elétricas do veículo, por exemplo, problemas com o ESP, ABC ou airbag. Também oferece informaçoes sobre quilometragem e data na que houve uma falha eletrónica. Evidentemente, também devemos verificar as partes mais mecânicas como o estado do motor, sistema de travagem, suspensão, pneus, bateria, líquidos…
10-Não esqueça da garantia. Mesmo que o carro seja usado, o vendedor deve oferecer uma garantia de que o carro está em boas condições. Por isso é tão importante fazer um controlo rigoroso do carro numa oficina depois da sua compra. Desta forma, podemos detetar possíveis avarias que não foi possível localizar num primeiro momento.