A Guarda Nacional Republicana procedeu, como já vem sendo hábito em determinadas ocasiões do ano, à realização da “Operação Baco” que visa o controle e fiscalização do consumo de álcool por parte dos condutores.
Com esta “Operação Baco”, pretende a Guarda Nacional Republicana efectuar uma acção de aproximação aos condutores e de fiscalização aos infractores que, excedendo as taxas autorizadas para poderem, ao abrigo da Lei, conduzirem, o fazem pondo em perigo os restantes utentes.
Fiscalizar para prevenir
A legislação portuguesa referente à taxa de álcool pela qual os condutores são fiscalizados sofreu, recentemente, uma alteração, diminuindo em diversos sectores, de modo a se ajustar à exigência que esses mesmos sectores representam para a sociedade.
Acontece que, infelizmente, a sociedade portuguesa não tem apresentado grandes capacidades para se adaptar às novas exigências legislativas que, também o são, porque a capacidade da responsabilidade social de cada um de nós é muito limitada.
Tantas e tantas e vezes se escuta o chavão «somos latinos», numa justificação atroz do erro ou de insistirmos em fazer as coisas mal feitas. No entanto, esse chavão é desajustado e jamais irá fazer com que o mal feito volte ao ponto inicial, num retrocesso impossível.
Assim, a Guarda Nacional Republicana, uma vez mais e muito bem, colocou nas estradas portuguesas os seus operacionais, integrados na “Operação Baco“. Foram cerca de mil, esses operacionais que palmearam as estradas portuguesas de dia e durante a noite ao longo de 48 horas.
Quando saíram para as estradas, os operacionais tinham previstas 408 acções de fiscalização. Segundo a Guarda Nacional Republicana fez saber, em todas as operações Baco realizadas em 2014, foram fiscalizados 12 271 condutores, dos quais 826 apresentavam uma taxa de álcool superior à máxima permitida. Destes 288 apresentavam uma taxa igual ou superior a 1,20 g/l sangue.
Olhando estes valores podemos concluir que, ou a consciência dos condutores continua fechada à realidade rodoviária, legislação e consequência de acidentes, ou então sentem estes condutores uma total impunidade legislativa, uma vez que existem diversas formas de atenuar a sanção acessória.
Foto¦ BrianP