Jorge Ortolá

6 de Março de 2014

Carnaval é e será sempre uma época do ano em que a folia está ao rubro. E por folia podemos falar em loucura e muito consumo de bebidas alcoólicas. Tudo isto não tem qualquer problema se cada um dos foliões perceber que a sua folia não poderá, de modo algum influenciar na segurança, sua e dos outros.

O grande problema é que muitos dos foliões não conseguem perceber isso e, arriscando a sua segurança e a dos outros, senta-se ao volante de um automóvel ou ao guiador de um motociclo e coloca-se à estrada, muitas vezes após ter consumido bebidas alcoólicas.

O folião e a bebida alcoólica

Ainda que cada um desses foliões se convença que a quantidade que ingeriu não o vai colocar acima da linha limite, essa ideia é completamente errada, uma vez que não temos integrado no nosso organismo um mecanismo que nos alerte para o facto de não estarmos em condições de conduzir em segurança.

Aliás, os primeiros sintomas que algo não está bem ocorrem apenas quando já nos encontramos num intervalo de representação de bebida alcoólica no organismo que está entre os 0,8 g/l de sangue e os 1,19 g/l de sangue. Ou seja, já nos encontramos numa fase em que o nosso controlo não existe, apresentando desiquilíbrio e falta de coordenação motora.

As entidades fiscalizadoras de trânsito

Sabendo destas realidade e com um conhecimento estatístico de anos anteriores, as autoridades policiais, como é apanágio em Portugal, colocaram nas estradas mais uma operação de fiscalização e controle, visando a melhoria da segurança dos utentes da via que respeitam as normas instituídas e o bem estar dos outros, assim como a detecção dos infractores, identificação e respectiva penalização.

Entre os dias 1 e 4 de Março, a Guarda Nacional Republicana colocou nas estradas portuguesas mais de 1300 operacionais a patrulharem o território, principalmente nas vias de acesso a localidades como por exemplo Ovar, Torres vedras, figueira da Foz ou Sesimbra. Tal deve-se ao facto do volume de tráfego aumentar consideravelmente na afluências às respectivas localidades devido ao cortejos carnavalescos que estas disponibilizam às populações.

Postura dos condutores

Uma vez que são conhecidos os valores da sinistralidade de anos transactos, torna-se imperioso que os condutores tomem as devidas precauções nas deslocações quando se deslocam para zonas festivas ou quando delas regressam, nomeadamente não conduzindo após ingerirem bebidas alcoólicas, moderando a velocidade praticada, aumentando a distância de segurança e evitando o uso do telemóvel.

Devem igualmente estar garantido o transporte de crianças, utilizando os sistemas de retenção apropriados. O carnaval é uma festa e devemos vê-la como tal. Assim, tudo o que se possa fazer para evitar que seja uma tragédia, deve ser feito. Ainda não há valores oficiais sobre os números que infelizmente marcam sempre pela negativa estas ocasiões, mas num outro post aqui os detalharemos.

Foto¦ Voz do Policia