Operação Hermes 2014

Jorge Ortolá

5 de Setembro de 2014

Chegou ao fim mais uma “Operação Hermes” da Guarda Nacional Republicana. Composta por quatro períodos de operacionalidade, entre 13 de julho e 1 de Setembro, pretendeu-se nesta fase do verão de 2014, uma vez mais, desenvolver uma aproximação e acompanhamento aos condutores, fiscalizando-os, sempre que se achou necessário.

Para que a segurança estivesse sempre presente nas deslocações de veraneio, a GNR colocou no terreno, ao longo das quatro fases, 4 549 operacionais militares da unidade de trânsito e da unidade territorial, que fiscalizaram 17 627 condutores.

Os números das infracções “Operação Hermes 2014”

Dos 17 627 condutores fiscalizados ao longo das quatro fases da Operação Hermes 2014, a Guarda Nacional Republicana registou 6 488 infrações. Destas, 503 foram por condução com uma taxa de álcool superior ao máximo permitido por lei, o que é um bom indicador que a sensibilização para o perigo de se consumir álcool e pegar num volante ainda não é a melhor, devendo-se trabalhar mais nesse campo.

1 966 das infrações foram devido a excesso de velocidade. Também aqui é importante fazer chegar aos condutores uma sensibilização mais forte sobre as consequências advindas de um acidente rodoviário por motivos de velocidade. Certamente os condutores não estão conhecedores da equivalência da força de impacto em diversas velocidades.

A Operação Hermes 2014 ainda registou 290 infracções por falta de uso do cinto de segurança ou acessórios de retenção para crianças, o que é demonstractivo da falta de responsabilidade de muitos condutores, não apenas para com a sua segurança, mas também para com a segurança dos menores que transportam.

Por fim, foram autuados 127 condutores por falta de seguro de responsabilidade civil. O facto de não haver um seguro válido, em caso de acidente rodoviário a garantia de reparação de estragos fica mais dificultada.

Os valores da sinistralidade

Ao longo das quatro fases da Operação Hermes 2014, a GNR registou 2 858 acidentes rodoviários, mais 132 que em 2013, dos quais resultaram 14 vitimas mortais, menos 8 que no ano transacto, 65 feridos graves (menos 2) e 1 097 feridos leves, mais 103 que no passado ano.

Mesmo tendo-se registado uma diminuição nos valores mais gravosos, morte e feridos graves, não deixaram de existir esses registos, o que causa dor aos familiares, despesa ao Estado Português e às seguradoras. Cabe-nos, a cada um de nós, avaliar as nossas atitudes e comportamentos, melhorando-os.

Foto¦ A Comunicar