Cada vez mais se ouve falar em veículos preparados para a condução autónoma. O que isto significa? A presença e intervenção humana é já dispensável neste tipo de viaturas?
Os automóveis que conduzimos atualmente estão já repletos de sistemas de apoio à condução. Desde a simples ajuda no estacionamento dada através de sensores e câmaras de vídeo até ao aviso de ângulo morto na forma de alertas sonoros e visuais, os veículos são já uma montra tecnológica quase infindável. E serão cada vez mais high-tech com a evolução a já ir no sentido destas tecnologias de assistência à condução a ganharem força, ao ponto de fazerem as vezes do próprio automobilista. A condução 100% autónoma está a caminho e já não é ficção científica, com quase todas as marcas, de norte-americanas a chinesas, a efetuarem experiências bem-sucedidas.
Tendo em conta o grau de intervenção do automobilista no veículo, assim, temos carros menos ou mais autónomos. A Society of Automotive Engineers (SAE), baseando-se no grau de autonomia da máquina e na necessidade de intervenção do homem no veículo, definiu 5 diferentes patamares de condução autónoma. Os níveis 0 a 2 encontram-se atualmente nas estradas. Veículos com nível 3 começam a chegar no próximo ano. Os restantes níveis (4 e 5) seguir-se-ão em 2020/2021. Dentro de quatro ou cinco anos.
Condução autónoma – Nível 0 
Intervenção do condutor apenas: O condutor executa todas as tarefas de condução. Grau zero da automação.
Condução autónoma – Nível 1 
Condução assistida: O veículo está dotado de tecnologias como ABS ou o cruise control adaptativo, ou estacionamento autónomo com o condutor a controlar os pedais. O funcionamento das tecnologias é independente entre si. O carro tem apenas sistemas de assistência à condução. A assistência de condução atua em funções específicas.
Condução autónoma – Nível 2 
Parcialmente automática: Neste patamar, as tecnologias e sensores trabalham já de forma combinada para a inteligência do automóvel poder tomar algumas decisões. Ainda assim, a presença e atenção do condutor são indispensáveis. Contudo, a computação presente no automóvel possibilita que o condutor retire as mãos do volante durante algum tempo.
Condução autónoma – Nível 3 
Altamente automatizada: Aqui, o automóvel já é capaz de circular sozinho, mudar de faixa, acelerar ou travar em função da fluidez do trânsito, sem que o automobilista tenha de intervir. No entanto, isso ocorre mediante certas condições, apenas em local pré-determinados, como uma autoestrada, e situações igualmente pré-estabelecidas, como abaixo de uma determinada velocidade. Aqui, o automóvel informa o condutor quando dele ele assumir o controlo.
Condução autónoma – Nível 4
Totalmente autónoma: O nível de automação é elevado, havendo ainda situações, como em condições meteorológicas adversas, em que cabe ao homem tomar as rédeas do veículo.
Condução autónoma – Nível 5 
Condutor dispensado: A inteligência artificial assume na totalidade o controlo do automóvel. São veículos desprovidos, inclusive, de pedais e volante.
Fotos: mashable.com, ghsa.org, 2025ad.com, wired.com