Os peregrinos em circulação

Jorge Ortolá

15 de Julho de 2013

A segurança rodoviária está no comportamento de cada peão, da forma como utiliza a via pública, como vê os outros e se faz ver. Em diversas ocasiões do ano, em Portugal, acontecem romarias religiosas de peregrinos, vindos dos quatro cantos do país em direção ao Santuário de Fátima. Independentemente de se ser crente ou não, estes peregrinos são utilizadores ativos da via publica e como tal devem respeitar as normas de utilização, circulação e segurança que lhes estão atribuídas por legislação, não podendo, em caso algum, condicionar a boa fluidez e segurança do transito de veículos e o bem estar de todos.

Ao longo de diversos dias, de dia ou de noite, ao nos aproximarmos do 13 de Maio e em época veraneia de Agosto, é quando se dá essa peregrinação, seja pela data de Maio especifica, seja por em Agosto Portugal ter um fluxo interno maior de emigrantes que desejam cumprir com as suas crenças e promessas religiosas. A verdade é que por essas ocasiões existem nas estradas portuguesas centenas de milhares de peões a circularem individualmente ou em grupo.

Tal fluxo de trânsito, devido à aglomeração de peões, proporciona ao trânsito e à circulação geral um risco acrescentado. Tal deve-se ao facto de grande número destes peregrinos não respeitarem as normas de circulação de fila indiana, ocupando deste modo espaço transversal ao invés de ocuparem somente espaço longitudinal. No entanto, não se pode deixar de felicitar os peregrinos pelo uso dos coletes refletores que têm utilizado nos últimos anos. Esse feito permitiu que a taxa de sinistralidade por atropelamento diminuísse,, pois a utilização desse equipamento permite aos condutores perceberem  com maior antecipação a existência de obstáculos.

Ainda assim, mesmo estando identificados, devem os peregrinos, para a sua segurança, evitar utilizar a faixa de rodagem para se deslocarem, procurando caminhos alternativos em troços cuja berma não existe ou está demasiado exposta a risco elevado. De noite devem fazer-se acompanhar com lanterna, para melhor serem identificados. Devem seguir as orientações dos agentes da Guarda Nacional Republicana que, nestas ocasiões, coloca sempre bastantes efetivos nas estradas, num ato de aproximação e apoio aos utilizadores das vias.

Já os condutores devem estar especialmente atentos, principalmente nestas ocasiões do ano, uma vez que os estímulos à circulação vão ser em maior número e estarão sempre sujeitos, também eles, a ter de interagir com maior número de utilizadores em menor curto espaço de tempo. Deverão ser mais cordiais, tolerantes, cuidadosos, atentos e altruístas.

Foto¦ Agrupamento 801