Como podemos contribuir para a segurança rodoviária

Duarte Paulo

16 de Agosto de 2016

Não existem fórmulas mágicas para nada na vida, mas se tivermos uma atitude proativa perante as situações adversas com as quais nos deparamos temos maior probabilidade de sermos bem-sucedidos no nosso objetivo, independentemente de qual ele seja.

Quando entramos num automóvel precisamos de ter consciência que temos o controlo e a responsabilidade de um veículo e que, se este for mal utilizado, ou se for usado sem regras, poderá causar problemas graves, tanto a si como aos outros.
A habilitação para conduzir, que a carta de condução providencia, significa que o seu titular está legalmente autorizado para circular em qualquer estrada, porque demonstrou no exame possuir as capacidades necessárias para operar esse tipo de veículo de forma adequada e em segurança.

Porém a aprendizagem da condução envolve também a aquisição de experiência que geralmente só se obtém na estrada e com o acumular de quilómetros aos comandos do veículo motorizado que opera. Essa experiência, desde que seja livre de vícios, melhora a qualidade do condutor.

Como contribuir para a segurança

Cumpra os limites de velocidades, eles existem para que todos consigam interagir uns com os outros dentro de determinados limites de segurança e para que devido à própria configuração da estrada seja seguro para todas as viaturas circularem.

O respeito pela sinalização é essencial para que a forma de atuar de um condutor não surpreenda outro, por exemplo, nas interceções e cruzamentos a sinalização existe para ajudar na segurança das pessoas que nele se cruzam, quer como condutores, quer seja como peões.

Como podemos contribuir individualmente para a segurança rodoviária? A forma mais simples é cumprindo o código e respeitando as regras de transito, mas não se esqueça que deve usar também o bom senso, a calma e a ponderação.

Erros de avaliação e sensação ilusória de domínio

Entre as maiores falhas dos condutores portugueses está a ilusão da capacidade de realizar multitarefas enquanto conduz, naturalmente que a combinação atual mais frequente é a de conduzir e falar ao telemóvel, esta conjunção é altamente distrativa, e se formos consultar a estatística constatamos que é a distração principal entre as causas de acidentes.

Outro erro é avaliar mal as situações, por exemplo quando as condições meteorológicas são difíceis, como na presença de denso nevoeiro, ou elevada pluviosidade, como dizia a Tina Turner num dos seus sucessos musicais “We don’t need anoter hero”, nós não precisamos de outro herói… muito menos um potencial “herói” acidentado, ou provocando acidentes!

Por isso requere-se uma grande capacidade individual de avaliação de diversos elementos para que seja possível percorrer um trajeto em segurança quando as intempéries afetam a área que circula, a segurança deverá ser tanto para o condutor, como para os passageiros, peões e restantes utentes da via pública.

A resposta à pergunta “Como podemos contribuir para a segurança rodoviária?” vale muito, se quer saber de forma rápida se a sua condução é responsável, responda a uma questão simples, “Considera que a pessoa que mais ama está segura quando está a conduzir? Tanto como passageiro, como quando peão?”

A honestidade da resposta será sempre uma questão de consciência pessoal. Se conseguirmos fazer com que todos contribuam, tomando uma atitude responsável, teremos estradas mais seguras e conseguiremos uma redução efetiva da sinistralidade rodoviária em Portugal.

Foto | Michelle Gaylard