Não existem fórmulas mágicas para nada na vida, mas se tivermos uma atitude proativa perante as situações adversas com as quais nos deparamos temos maior probabilidade de sermos bem-sucedidos no nosso objetivo, independentemente de qual ele seja.
Quando entramos num automóvel precisamos de ter consciência que temos o controlo e a responsabilidade de um veículo e que, se este for mal utilizado, ou se for usado sem regras, poderá causar problemas graves, tanto a si como aos outros.
A habilitação para conduzir, que a carta de condução providencia, significa que o seu titular está legalmente autorizado para circular em qualquer estrada, porque demonstrou no exame possuir as capacidades necessárias para operar esse tipo de veículo de forma adequada e em segurança.
Porém a aprendizagem da condução envolve também a aquisição de experiência que geralmente só se obtém na estrada e com o acumular de quilómetros aos comandos do veículo motorizado que opera. Essa experiência, desde que seja livre de vícios, melhora a qualidade do condutor.
Como contribuir para a segurança
Cumpra os limites de velocidades, eles existem para que todos consigam interagir uns com os outros dentro de determinados limites de segurança e para que devido à própria configuração da estrada seja seguro para todas as viaturas circularem.
O respeito pela sinalização é essencial para que a forma de atuar de um condutor não surpreenda outro, por exemplo, nas interceções e cruzamentos a sinalização existe para ajudar na segurança das pessoas que nele se cruzam, quer como condutores, quer seja como peões.
Como podemos contribuir individualmente para a segurança rodoviária? A forma mais simples é cumprindo o código e respeitando as regras de transito, mas não se esqueça que deve usar também o bom senso, a calma e a ponderação.
Erros de avaliação e sensação ilusória de domínio
Entre as maiores falhas dos condutores portugueses está a ilusão da capacidade de realizar multitarefas enquanto conduz, naturalmente que a combinação atual mais frequente é a de conduzir e falar ao telemóvel, esta conjunção é altamente distrativa, e se formos consultar a estatística constatamos que é a distração principal entre as causas de acidentes.
Outro erro é avaliar mal as situações, por exemplo quando as condições meteorológicas são difíceis, como na presença de denso nevoeiro, ou elevada pluviosidade, como dizia a Tina Turner num dos seus sucessos musicais “We don’t need anoter hero”, nós não precisamos de outro herói… muito menos um potencial “herói” acidentado, ou provocando acidentes!
Por isso requere-se uma grande capacidade individual de avaliação de diversos elementos para que seja possível percorrer um trajeto em segurança quando as intempéries afetam a área que circula, a segurança deverá ser tanto para o condutor, como para os passageiros, peões e restantes utentes da via pública.
A resposta à pergunta “Como podemos contribuir para a segurança rodoviária?” vale muito, se quer saber de forma rápida se a sua condução é responsável, responda a uma questão simples, “Considera que a pessoa que mais ama está segura quando está a conduzir? Tanto como passageiro, como quando peão?”
A honestidade da resposta será sempre uma questão de consciência pessoal. Se conseguirmos fazer com que todos contribuam, tomando uma atitude responsável, teremos estradas mais seguras e conseguiremos uma redução efetiva da sinistralidade rodoviária em Portugal.
Foto | Michelle Gaylard