Carregar o telemóvel no carro não é a melhor opção nem para o aparelho, nem para o condutor. Aqui explicamos como fazê-lo de forma correta e ainda deixamos alguns conselhos para lhe tirar o máximo partido.
O telemóvel é omnipresente. Absoluto protagonista às refeições em família, reuniões de amigos ou nos tempos mortos de espera. E por muito que se tenha vindo a trabalhar na limitação da respetiva utilização nos automóveis, as suas funcionalidades de GPS e a facilidade em utilizar o «mãos-livres», também o tornam imprescindíveis para muitas pessoas na hora de conduzir.
Não carregue o telefone no carro
Carregamos o telemóvel no trabalho, carregamos com powerbanks e até carregamos nos transportes públicos, quando têm USB. Claro que o carro também não é exceção. Assim que vemos uma ficha USB, enlouquecemos. No entanto, carregar o telemóvel no sistema multimédia do nosso veículo não só é ineficaz como também é contraproducente para o aparelho.
Provavelmente já se deu conta de quão lento é o carregamento no USB de um carro. Isto acontece porque a saída destas portas pode chegar a ser quatro vezes inferior à potência que o nosso telemóvel suporta. Tanto assim é que, inclusive, quando estamos a usar o telefone durante o carregamento, o mais certo é que a bateria diminua ao invés de carregar. Reduz menos do que se não estivesse ligado, contudo, não vai conseguir completar a carga.
A solução é simples e tem duas opções: A primeira é ter um adaptador para o isqueiro do seu carro, cuja potência é sempre muito maior do que a de qualquer porta USB e vai permitir fazer o carregamento sem problemas no carro. Há até adaptadores de carga rápida para estas saídas. A segunda, mais recomendável, é que entre no carro com bateria de sobra, pois nunca sabe quando pode ter uma avaria ou acidente e precise de o utilizar.
Telemóvel longe do para-brisas
Se sabe que o telefone aquece quando o carrega para usar o GPS ou quando o usa como fonte multimédia para o carro, porque é que continua a colocá-lo perto do para-brisas?
As altas temperaturas que se alcançam no para-brisas do carro são muito pouco recomendáveis se não quer que o nosso inflamável smartphone «morra» antes do tempo. Se, de qualquer forma, o costuma usar como GPS, coloque-o junto às saídas de ar centrais do seu carro. Isso vai permitir mantê-lo mais fresco no verão e apenas terá que fechar a dita saída de ar no inverno, para que o aquecimento não incida sobre o mesmo.
Além disso, para melhorar a refrigeração, as saídas de ar costumam estar dispostas de forma a que o sol rara vez incida sobre elas de maneira direta pelo que solucionará dois problemas de uma só vez. E, evidentemente, procure não se esquecer do telemóvel no interior do carro no verão, pois caso tenha pouca sorte, será a última vez que se esquece dele.
Protetor anti-reflexos
Outro problema que surge quando usamos o telemóvel como GPS são os reflexos em dias de sol. Colocar o visor com o brilho no máximo pode ser uma solução de emergência, mas que também irá consumir muito mais rapidamente a bateria, aquecendo também o telefone.
A solução é tão simples como colocar uma proteção anti-reflexo no ecrã, o que o ajudará a visualizar melhor os mapas e evitar situações perigosas em que seja necessário mexer no telefone ou parar inesperadamente.
E se não tiver Android Auto…
Se não tem Android Auto ou Apple Car Play, também pode continuar a usar o telefone enquanto conduz para além da função de GPS. Nem sempre precisamos que o telemóvel nos mostre o caminho de casa, por vezes é suficiente que nos sirva como armazenamento de músicas ou para enviar mensagens rápidas e simples.
Os assistente dos telemóveis (OK Google ou a Siri) são muito úteis para realizar ações simples como pedir informação, mas podem não funcionar com o ecrã desligado. O melhor, se pretende fazer uma viagem grande é aumentar o tempo até o ecrã se apagar automaticamente, para que os assistentes virtuais estejam sempre disponíveis.
Se este truque não o convence ou acha que vai consumir demasiada bateria, algumas aplicações permitem converter a interface do seu dispositivo numa réplica o mais exata possível do Android Auto. O objetivo é simplificar as tarefas mais comuns ao máximo, permitir que o ecrã não se bloqueie nunca, para estar sempre ligado e disponível, ou ler todas as mensagens que cheguem ao nosso carro de maneira automático.
Outro bom conselho é pesquisar antes de entrar no carro. Há aplicações que contam com “modo automóvel”, que simplificam os comandos e tornam a sua utilização tão simples como manejar o sistema multimédia do seu veículo.