Porque não se vendem pneus coloridos?

Ricardo Carvalho

12 de Agosto de 2020

Numa altura em que a personalização do mais ínfimo detalhe é uma tendência no automóvel, porque razão não se comercializam pneus coloridos?

Ainda que atualmente todos os pneus sejam de cor negra, a utilização de borracha de outras cores para a sua produção remonta praticamente à sua invenção. Os primeiros pneus utilizados em automóveis não eram negros, mas de um tom acastanhado.

Posteriormente, a partir dos anos 30 até aos anos 80, sobretudo nos Estados Unidos da América, começou por ser moda que todos os pneus tivessem os flancos, ou as paredes laterais, em branco ou com uma linha branca.

Michelin foi pioneira

De forma a oferecer pneus mais exclusivos, precisamente nos anos 80 do século passado, a Michelin desenvolveu uns pneus batizados como Coraldo, cuja banda de rolamento, ou seja a zona do pneu em contacto com o piso, seria da cor da carroçaria do veículo.

Para além disso, por altura do mundial de futebol França 1998, no Brasil foi produzido e vendido um pneu também pela Michelin, que recebeu a designação de artilheiro, que tinha as cores da bandeira brasileira. Entre 2002 e 2004, a Michelin comercializou nos EUA, através da sua marca BFGoodrich, um pneu conhecido como Scorcher que era proposto em quatro cores distintas, vermelho, verde, amarelo e azul, que se destinava ao segmento do tuning.

Em resumo, tratou-se de uma experiência comercial sem grande sucesso, até porque os cliente preferiam apostar na cor negra convencional para as rodas dos seus carros, sendo que uma das principais razões era o facto da tonalidade mais viva do pneu se sujar com o asfalto, perdendo a sua estética original.

Fonte: Michelin