A partir de 1 de janeiro de 2026, o triângulo estará desaconselhado e, no seu lugar, passará a ser obrigatório o uso de uma luz emanada do teto. Uma medida surpreendente que, no entanto, nos lembra o risco desconhecido de percorrer 50 metros de autoestrada para colocar o triângulo.
Além disso, esta normativa traz uma maior garantia de segurança para os serviços de auxílio face a emergências na estrada, vistos os dados de mortes entre os seus funcionários. Uma profissão de risco que existe mais medidas, proteção e segurança.
Uma problemática invisível: o perigo para os funcionários de serviços de emergência.
De acordo com a Direcção Geral de Trânsito (DGT) espanhola, cerca de 11 mil veículos efetuam diariamente em Espanha operações de emergência na estrada, de ajuda e resgate. Uma assistência que pressupõe um risco elevado para os seus funcionários, os utilizadores afetados e o resto dos condutores. O aumento da segurança é um pedido que há muito é solicitado pelos trabalhadores do setor. E isso não acontece em vão. Nos últimos anos faleceram 18 pessoas enquanto atendiam uma emergência na estrada.
Assim, as novas medidas para garantir a segurança dos serviços de auxílio nas vias públicas:
- Substitui-se o uso do triângulo colocado atrás do veículo imobilizado, por um dispositivo luminoso de cor amarela, que será colocada na parte mais alta possível do veículo imobilizado.
- Define-se a operação de auxílio, tanto em tempo, distâncias, zona de recolha e condições de retirada, entre outras caraterísticas
- Não se realizará nenhuma operação que tenha por objeto a reparação do veículo na própria via, a não ser que seja muito breve ou necessária para poder retirar o veículo imobilizado.
- Estabelece-se quais são os veículos de emergência e os elementos de auxílio que requerem
- Regulam-se os equipamentos de proteção individual para os operários.
Realizar uma operação de auxílio na estrada com segurança
Estão excluídos os serviços de conservação e exploração das estradas, assim como as forças de segurança e forças armadas.
- Os utilizadores afetados por veículos que não possam continuar a circular devem começar a sinalizar a sua situação com o sinal luminoso V-16. O triângulo de emergência poderá deixar de ser colocado, dado que percorrer a estrada para tal pressupõe um risco.
- Os veículos de auxílio que se aproximem do lugar terão prioridade e poderão estacionar na via pública para começar a operação.
- Ao chegar ao cenário far-se-á uso de um sinal luminoso e acústico.
- A retirada do veículo deve ser sinalizada pelos funcionários para se poder fazer de forma segura para todos os utilizadores da via.
- Nunca se fará no lado contíguo ao fluxo de trânsito
Adeus triângulo, olá sinal V-16 e triângulo virtual
Como já mencionámos, o sinal luminoso V-16 substituirá o triângulo de emergência e será colocado com um íman na parte superior do carro. Uma medida que garante uma melhor visibilidade ao resto dos condutores e que permite comunicar automaticamente a posição do veículo ao Ponto de Acesso Nacional (em Espanha). Além disso, a sua utilização evita ter de sair do veículo para o colocar, um facto que ceifou a vida a 117 pessoas em 2019.
Por outro lado, há ainda outra opção interessante, que é o sinal V-27, um “triângulo de emergência virtual” que se projeta desde o carro avariado para o resto dos veículos que se aproximam. O objetivo é melhorar a segurança rodoviária dos condutores acidentados e das pessoas que os vão socorrer.
Fonte: CirculaSeguro.com
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