Prestar auxílio numa emergência na estrada, profissão de risco

Ines Carmo

22 de Abril de 2021

A partir de 1 de janeiro de 2026, o triângulo estará desaconselhado e, no seu lugar, passará a ser obrigatório o uso de uma luz emanada do teto. Uma medida surpreendente que, no entanto, nos lembra o risco desconhecido de percorrer 50 metros de autoestrada para colocar o triângulo.

Além disso, esta normativa traz uma maior garantia de segurança para os serviços de auxílio face a emergências na estrada, vistos os dados de mortes entre os seus funcionários. Uma profissão de risco que existe mais medidas, proteção e segurança.

Uma problemática invisível: o perigo para os funcionários de serviços de emergência.

De acordo com a Direcção Geral de Trânsito (DGT) espanhola, cerca de 11 mil veículos efetuam diariamente em Espanha operações de emergência na estrada, de ajuda e resgate. Uma assistência que pressupõe um risco elevado para os seus funcionários, os utilizadores afetados e o resto dos condutores. O aumento da segurança é um pedido que há muito é solicitado pelos trabalhadores do setor. E isso não acontece em vão. Nos últimos anos faleceram 18 pessoas enquanto atendiam uma emergência na estrada.

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Assim, as novas medidas para garantir a segurança dos serviços de auxílio nas vias públicas:

  • Substitui-se o uso do triângulo colocado atrás do veículo imobilizado, por um dispositivo luminoso de cor amarela, que será colocada na parte mais alta possível do veículo imobilizado.
  • Define-se a operação de auxílio, tanto em tempo, distâncias, zona de recolha e condições de retirada, entre outras caraterísticas
  • Não se realizará nenhuma operação que tenha por objeto a reparação do veículo na própria via, a não ser que seja muito breve ou necessária para poder retirar o veículo imobilizado.
  • Estabelece-se quais são os veículos de emergência e os elementos de auxílio que requerem
  • Regulam-se os equipamentos de proteção individual para os operários.

Realizar uma operação de auxílio na estrada com segurança

Estão excluídos os serviços de conservação e exploração das estradas, assim como as forças de segurança e forças armadas.

  1. Os utilizadores afetados por veículos que não possam continuar a circular devem começar a sinalizar a sua situação com o sinal luminoso V-16. O triângulo de emergência poderá deixar de ser colocado, dado que percorrer a estrada para tal pressupõe um risco.
  2. Os veículos de auxílio que se aproximem do lugar terão prioridade e poderão estacionar na via pública para começar a operação.
  3. Ao chegar ao cenário far-se-á uso de um sinal luminoso e acústico.
  4. A retirada do veículo deve ser sinalizada pelos funcionários para se poder fazer de forma segura para todos os utilizadores da via.
  5. Nunca se fará no lado contíguo ao fluxo de trânsito

Adeus triângulo, olá sinal V-16 e triângulo virtual

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Como já mencionámos, o sinal luminoso V-16 substituirá o triângulo de emergência e será colocado com um íman na parte superior do carro. Uma medida que garante uma melhor visibilidade ao resto dos condutores e que permite comunicar automaticamente a posição do veículo ao Ponto de Acesso Nacional (em Espanha). Além disso, a sua utilização evita ter de sair do veículo para o colocar, um facto que ceifou a vida a 117 pessoas em 2019.

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Por outro lado, há ainda outra opção interessante, que é o sinal V-27, um “triângulo de emergência virtual” que se projeta desde o carro avariado para o resto dos veículos que se aproximam. O objetivo é melhorar a segurança rodoviária dos condutores acidentados e das pessoas que os vão socorrer.

Fonte: CirculaSeguro.com

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