Há problemas de visão que colocam em risco a segurança rodoviária. E são mais frequentes do que julga. Tenha atenção!
Os candidatos à emissão ou revalidação de carta ou de licença de condução devem ser sujeitos às indagações adequadas para assegurar que têm a acuidade visual e outras funções visuais compatíveis com a condução de veículos a motor. Há algumas doenças oculares que podem causar problemas durante a condução para as quais os técnicos. A Essilor, a cujas informações recorremos para a construção deste artigo, destaca cinco dessas doenças que são fatores de risco para a condução: presbiopia, hipermetropia, miopia, daltonismo e astigmatismo.
Presbiopia
A presbiopia é conhecida como “vista cansada”, ocorrendo com o envelhecimento da pessoa, afetando todas as pessoas entre os 40 e os 45 anos de idade. Nessa altura, os objetos próximos começam a parecer desfocados e a tendência da pessoa quando, por exemplo, está a ler um livro é de esticar os braços para mais longe dos olhos. Na condução, esta má visão ao perto relacionada com a idade pode fazer com que veja as coisas desfocadas. “Enquanto conduz, os mostradores e indicadores do seu painel de instrumentos do carro podem parecer desfocados, ou pode não ser capaz de ver as coisas nitidamente no seu espelho retrovisor”, explica a Essilor.
Sinais de presbiopia
Em vez de uma insuficiência visual, a presbiopia é um endurecimento do cristalino do olho ao longo do tempo. À medida que o cristalino se torna menos elástico, a capacidade de focar objetos ao perto diminui. Este problema atinge principalmente pessoas com mais de 40 anos, e tende a estabilizar depois dos 60. “Se sofrer de presbiopia vai dar conta, porque a capacidade de ver objetos ao perto diminui cada vez mais”, refere a Essilor.
Hipermetropia
A hipermetropia provoca visão turva a todas as distâncias. Durante a condução, pode ter dificuldade em ler os mostradores e indicadores do painel de instrumentos ou em ver objetos de forma clara no seu espelho retrovisor.
Sinais de hipermetropia
Terá dificuldade em focar objetos ao perto. Poderá dar-se conta que está sempre a franzir os olhos ou que os seus olhos ficam cansados (fadiga visual) quando está a ler ou a usar o computador. Também pode ter dores de cabeça causadas pelo esforço que os seus olhos fazem para focar, afirma a Essilor.
Miopia
Alguém que seja míope vai ver os objetos à distância mais desfocados. Isso pode causar problemas quando estiver a conduzir, por não ser capaz de ver sinais de trânsito, limites de velocidade ou perigos potenciais.
Sinais de miopia
Os especialistas da Essilor salientam que quem padece de miopia pode ter dificuldade em ver nitidamente imagens ou palavras num quadro branco, num ecrã de cinema ou na televisão. Outros sintomas que podem evidenciar a presença de uma visão míope é as matrículas dos carros e os sinais de trânsito parecerem estar desfocados. A miopia pode também apresentar outro tipo de sintomas, tais como dores de cabeça (cefaleias), cansaço nos olhos (fadiga visual ou astenopia) e alteração binocular dos movimentos do olho (franzir os olhos).
Daltonismo
O daltonismo afeta a capacidade de ver as cores. Ocorre quando uma ou mais células do cone vermelho, verde ou azul da retina tem defeito, tornando-se difícil distinguir entre certas cores. A Essilor aponta que os daltónicos sofrem grandes dificuldades, e alguns chegam a não conseguir, distinguir as cores dos objetos.
O daltonismo é, em muitos dos casos, uma doença genética presente desde o nascimento, mas – elucidam os técnicos – pode também ser um sintoma de outras doenças visuais, como o glaucoma, as cataratas ou DMRI (Degeneração Macular Relacionada à Idade). “Doenças como esclerose múltipla e diabetes também podem levar a sofrer de daltonismo. E as mudanças na visão que se desenvolvem com a idade também podem afetar a perceção da cor”, esclarece a Essilor.
Sinais de daltonismo
Os daltónicos sentem uma grande dificuldade a distinguir certas cores, por exemplo, vermelhos, laranjas, amarelos, verdes e castanhos – mais frequentemente, vermelho e verde parecem o mesmo. Eles podem também lutar para distinguir entre tons mais pálidos e mais vibrantes.
Astigmatismo
O astigmatismo é um erro refrativo em que as imagens na retina surgem desfocadas. “A visão turva ao perto e ao longe, ou seja, ao olhar para objetos mais próximos ou distantes, estes vão parecer distorcidos”, aponta a Essilor.
Sinais de astigmatismo
O astigmata ou pessoa com astigmatismo, apresenta, normalmente muita fadiga ocular (vista cansada) ou cefaleias (dores de cabeça), que são os sintomas mais frequentes do astigmatismo.
Por tudo isto, se a sua visão fica aquém dos padrões legais, pode estar a comprometer a sua segurança e a dos outros condutores. “Para passar o exame de condução tem de ser capaz de ler à luz do dia, lendo em voz alta um número de matrícula a 20 metros de distância, com símbolos com 7 a 8 centímetros de altura”, remata a Essilor.
Fotos: altavisao.net, enbegitekpuedes.com, iorj.med.br, slideshare.net, blog.doctoroz.com