Qual a faixa etária que mais morre em acidentes de viação

Alberto Valera

1 de Dezembro de 2017

01

Basta consultar as tabelas de sinistralidade da ANSR para perceber que são os idosos os que mais morrem nas estradas portuguesas. A morte de adultos com mais de 65 anos ultrapassa os dois digitos e é a única faixa etária onde tal fenómeno acontece. Seguem-se as vítimas entre os 50 e os 59 anos e só depois os mais jovens entre os 30 e os 39 anos. As razões são variadas e também não são difíceis de explicar.

Num quotidiano repleto de estradas, mais carros (ainda que mais seguros), os mais idosos, sem qualquer reciclagem na formação da condução, estão pouco habituados a novas estradas, cruzamentos, saídas e entradas,rotundas e até lombas. São muitos aqueles que, com reflexos condicionados pela idade, desconhecem as novas regras do código da estrada. São ainda estes os mais difíceis de educar e também aqueles que possuem os veículos mais antigos. No número total de vítimas mortais com mais de 65 anos, 110 entre janeiro e setembro de 2017, estão ainda contabilizados os atropelamentos mortais, situação onde os idosos também surgem como os mais atingidos. As razões são as mesmas, até porque a falta de agilidade nos movimentos, falta de visão e de perceção dos veículos que se aproximam podem ditar este fim.
Seguem-se os adultos entre os 50 e os 59 anos, que são a faixa etária seguinte que mais sofre com a mortalidade rodoviária.
Ainda assim, todos estamos sujeitos a ter acidentes graves na estradas que podem provovar consequências de gestão difícil. É preciso evitar alguns hábitos adquiridos na condução que levam a consequências muito graves.

Saiba quais as principais causas dos acidentes rodoviários nas estradas portuguesas, não só dos idosos, mas de todas as faixas etárias:

1. Excesso de velocidade: são vários os condutores que aceleram diariamente mais do que os limites impostos por lei. A pressa causada pela rotina diária, o stress, entre outras, são razões mais do que suficientes para os condutores excederem a velocidade e perderem o controlo do veículo.
2. Conduzir sem cinto de segurança: Apesar do uso ser obrigatório, são muitos os que negligenciam a sua colocação, principalmente no banco traseiro.
3. Conduzir com uma só mão no volante: Pode parecer inofensivo, mas conduzir apenas com uma das mãos no volante pode levar à perda do controlo do veículo.
4. Mudança repentina de faixa de rodagem: Com a pressa, o condutor pode mudar de faixa ou fazer manobras mais bruscas sem se aperceber do veículo que o precede. É importante conduzir com serenidade, calculando sempre os imprevistos.
5. Conduzir colado ao veículo da frente: Para prevenir colisões e acidentes, é recomendável manter sempre uma distância segura dos outros carros que seguem na mesma estrada.
6. Uso do telemóvel: Atender, falar ou escrever no telefone enquanto conduz, mesmo utilizando o sistema de alta-voz, reduz a concentração do condutor.
7. Cansaço, fadiga e sono: Conduzir com sono e cansado é uma combinação extremamente perigosa, pois reduz o tempo de resposta, além de correr o risco de se despistar.
8. Consumo bebidas alcoólicas: O álcool diminui a percepção do perigo, retarda os reflexos, provoca sonolência e coloca em risco a vida do condutor e dos outros utilizadores da via.
9. Não observar a estrada: Conduzir sem prestar atenção às caraterísticas da via, como curvas, número de faixas de rodagem, tipos de pavimentação e lombas, pode levar a acidentes.
10. Falta de manutenção do veículo: Pneus gastos, travões em más condições, direção desalinhada e suspensões sem amortecimento podem tornar-se muito perigosos na condução. É muito importante ter as manutenções do veículo em dia.

Fonte: ANSR