Quando o escape avaria… o que fazer?

Alberto Valera

8 de Agosto de 2018

Um escape ou um catalisador em mau estado podem ser originar acidentes, gastos exagerados de combustível e poluição. O Circula Seguro dá-lhe algumas dicas para tentar manter em bom estado de conservação dois elementos que são considerados dos mais dispendiosos do seu carro.

É do senso comum que os veículos utilizam o escape para libertar os fumos produzidos pela queima do combustível do motor e do catalisador. Escape e catalisador “tratam” esses mesmos fumos de forma a libertá-los do motor e da linha de escape com menos partículas nocivas para o ambiente. Ora, estes dois componentes podem trazer alguns “amargos de boca” se o proprietário do veículo não tiver alguns cuidados com ambos.

O tempo médio de vida de qualquer um destes elementos depende da utilização dada ao veículo ou mesmo com o tipo de percurso que o automobilista realiza com o seu veículo. Todavia pode atribuir-se-lhes um tempo de vida útil entre os 80 ou 100 mil km, que pode aumentar de acordo com o material de fabrico dos componentes ou a própria forma como estão montados no veículo. Tal como na maioria dos sistemas mecânicos e eletrónicos, estes elementos só se mantêm em pleno funcionamento se também os restantes componentes periféricos estiverem devidamente operacionais. Conheça alguns segredos acerca do escape e do catalisador do seu carro. Evite despesas que podem ser superiores a 1000 euros.

Estes são alguns cuidados básicos que deverá ter com o seu escape ou catalisador

– Tenha cuidado com o óleo do motor. Algumas marcas desenvolveram uma normativa específica para os seus motores Diesel com filtro de partículas.

– Não é recomendável utilizar produtos com aditivos que incluam a limpeza do sistema de injeção.

– Mantenha sempre em bom estado de funcionamento o filtro de combustível. Troque-o de acordo com o plano de manutenção do veículo.

Que problemas causam escapes e catalisadores em mau estado?

Acidentes – Se o escape se solta com o veículo em andamento pode provocar um efeito catapulta e elevar o veículo. Assim, aumenta o risco de acidente em 15%
uma vez que ao sair projetado do carro leva consigo alguns componentes da sua fixação, que ao serem lançados contra outros veículos se podem tornar perigosos.

Incêndios – tubos partidos, juntas deslocadas ou catalisadores entupidos, podem aumentar a temperatura na linha de escape, podendo mesmo alcançar os 900º. Valores como estes podem provocar incêndios nos para-choques, na fibra ou na tinta anti-corrosão que cobre as zonas inferiores do automóvel. As roturas de tubos na zona inferior do coletor podem facilitar a saídas das chamas, podendo incendiar qualquer elemento inflamável que se encontre debaixo do carro.

Inspecções – Os danos no interior de um silenciador tapam a saída dos gases de escape e nota-se de imediato a falta de potência ou ruídos provocados por vibrações.
Outra consequência será o chumbo na inspeção ou ainda multas por excesso de ruído.

Poluição – Um catalisador em mau estado, aumenta os riscos de emissão de gases tóxicos para a atmosfera. Existe também algum risco de danificar o veículo. Se a saída do escape for tapada por alguma razão, aumenta a pressão no escape podendo provocar danos no motor e reduzir a vida útil do próprio escape pelo facto de não conseguir depurar os fumos tóxicos que aumentam os níveis de óxidos, ocasionando corrosão prematura do escape.

Perdas de combustível – Se um catalisador ficar “vazio”, parte do combustível que não foi queimado perde-se pelo escape devido à falta de pressão na saída. O consumo de combustível poderá aumentar entre 1 e 2 litros.

Foto: Pixabay