Os avanços tecnológicos e as novas técnicas de produção aumentaram a longevidade dos componentes dos automóveis modernos. Mas a sua duração não é eterna. Pelo menos não existe um prazo de validade confirmado e é o desgaste das peças que vai marcando o “passo”. O Circula Seguro diz-lhe quando substituir alguns dos mais importantes componentes do seu carro.
Nada num automóvel é eterno. Algumas das peças e componentes ditos de desgaste têm de ser substituídos ao longo da sua vida útil ou da vida útil do próprio automóvel. O que carateriza os automóveis modernos comparativamente aos mais antigos é a ausência de riscos nos componentes mecânicos. Há alguns anos, e mesmo que, por exemplo, uma correia da distribuição durasse 60 ou 70 mil km, existiriam sempre riscos de ocorrerem falhas mais graves. Atualmente, as anomalias nos componentes quase que desapareceram. A fiabilidade aumentou consideravelmente, mas começou a culpar-se a eletrónica de todos os problemas que ocorrem num automóvel, o que, de certa forma, não deixa de ser verdade. Neste post vamos dar-lhe a conhecer a longevidade de alguns componentes do seu carro.
Catalisador
O catalisador que se encarrega de filtrar os gases de escape, amenizando partículas e ruído, tem um prazo de validade entre os 80 e os 100 mil km. O aumento excessivo do consumo pode ser o primeiro sinal de que este componente já teve melhores dias. Todavia, o condutor é avisado por uma luz no painel que algo não está bem com o catalisador.
Bateria
A bateria dura, em média, entre 70 e 120 mil km ou um período entre os 5 e os 6 anos. Quando o motor tem dificuldades em arrancar pode ser um sinal de que a bateria está “nas lonas”. Uma bateria que falha não quer dizer que esteja pronta para ser substituída, principalmente se tiver menos de quatro anos. Pode estar apenas descarregada.
Fluídos (Travões e refrigeração)
O anti-congelante ou liquido da refrigeração ajuda na refrigeração do motor. Se este não estiver no seu limite ideal, corre-se o risco do motor aquecer. Insista na sua substituição em oficina, pelo menos, de três em três anos.
Já o fluído dos travões é vital no bom desempenho do sistema de travagem. Faça um teste numa oficina. Se tiver mais de 3% de humidade (percentagem de água misturada), arrisca-se a uma falha no sistema de travagem. Troque-o a cada dois anos.
Amortecedores
A duração dos amortecedores não é muito precisa. A sua substituição deverá ocorrer entre os 80 e os 120 mil km, tendo em atenção a utilização do veículo e o tipo de estrada onde circula com maior intensidade. Os primeiros sinais de fadiga surgem quando se sente o veículo a flutuar na estrada. O aumento das distâncias de travagem é outro sinal de desgaste. Esta perda de eficácia acontece porque o óleo que existe no amortecedor vai desaparecendo progressivamente, por culpa do desgaste da junta de estanquecidade interna.
Lâmpadas
Apesar do fabricante lhes atribuir prazo de validade, é difícil falar em duração de lâmpadas. As convencionais duram perto de 200 horas, as de iodo H4 cerca de 500 horas enquanto as de xénon e agora de LED poderão durar toda a vida do veiculo. As lâmpadas fundem-se quando menos se espera, não existindo sinais de desgaste. Sempre que mudar um lâmpada do carro em casa, troque-as aos pares para que o par tenha uma intensidade idêntica.
Escovas
A substituição das escovas deve ocorrer todos os anos. Os principais sinais de desgaste são visíveis quando as escovas deixam muita água à sua passagem ou quando apresentam demasiadas estrias na borracha. As escovas que permanecem muito tempo ao sol, veem rapidamente a sua borracha estalar.
Pneus
Não existe um período específico para trocar de pneus, mas em média, um jogo de quatro pneus durará entre 40 e 50 mil km. Mas tudo depende do tipo de pneu e do tipo de carro. Não se esqueça que a altura do rasgo do pneu é de 1,6 mm. Tenha sempre a direção alinhada e as rodas equilibradas. Mesmo assim, a duração dos pneus nunca deverá ultrapassar os seis anos. Os pneus têm, de facto, um prazo de validade.
Airbags
Os airbags não têm prazo de validade, mas, segundo alguns manuais de instruções de veículos, o gás que permite deflagrar o airbag tem de ser trocado a cada dez anos. Encher um airbag pode ter um custo avultado, entre os 250 e os 500 euros, dependendo do tamanho do airbag.
Comando do fecho centralizado
O comando do fecho centralizado do seu carro, quase sempre integrado na própria chave, sofre do mesmo mal de um qualquer aparelho a pilhas. Também não existe um período específico, mas se detetar falhas constantes na abertura e fecho de portas, aconselha-se a troca das pilhas. Faça-o num concessionário oficial.
Sistema de climatização
Não tem um prazo de validade, mas pode apresentar problemas de mau funcionamento. Pode ibertar odores desagradáveis, ventilar pouco ou ter dificuldades em desembaciar os vidros. Assim, para prevenir estes “problemas” convém carregar o ar condicionado a cada dois anos e verificar estanquecidade do circuito de ventilação. Verifique a validade do filtro de habitáculo. Tem uma duração média de 15 mil km.
Estojo de primeiros socorros
Se tiver um no carro, convém, de vez em quando, observar como estão os elementos nele contidos: a sua esterilização, o aspeto dos pensos rápidos, o prazo de validades dos mesmos, a tesoura e a gaze.