Está aí a chuva e com ela maiores dificuldades para os condutores. Conheça quatro perigos que a precipitação coloca a quem anda na estrada.
A chuva aumenta os riscos para a condução, tornando a visibilidade mais difícil, alongando as distâncias de segurança e favorecendo a ocorrência de despistes. A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária chama atenção para quatro perigos reais que a precipitação provoca nos veículos.
Piso escorregadio
Assim que caem as primeiras gotas, o piso torna-se particularmente escorregadio devido à mistura da água com a sujidade acumulada sobre a superfície da via, incluindo óleos, sendo necessário tomar precauções de imediato. É de toda a conveniência que modere, desde logo, a velocidade e aumente a distância em relação ao veículo da frente.
Poças criadas pela chuva
Ao passar sobre uma poça de água deverá fazê-lo devagar. Se se tratar de uma poça de grande dimensão deverá fazê-lo bastante devagar, com a primeira velocidade engrenada. Isto porque sendo uma poça grande, o impacto com a água pode desequilibrar o veículo e provocar uma derrapagem. Após passar por uma poça, deve de seguida, experimentar os travões que, estando molhados, poderão não funcionar bem. Este “brake test” deve ser feito com segurança. Deve ainda dar tempo para os travões sequem, conduzindo lentamente e pressionando ao de leve o pedal do travão. Algo igualmente importante e motivo suficiente para passar devagar numa poça: nunca se esse acumulado de água esconde um buraco o que pode ter consequências graves, principalmente se conduzir um veículo de duas rodas, lembra a ANSR.
Aquaplanagem
A água, os pneus em más condições ou com pressão baixa e as velocidades elevadas podem ser um mix causador de uma aquaplanagem ou hidroplanagem. “Consiste na perda total do contacto dos pneus com o piso, deslizando o veículo sobre uma superfície de água, o que faz com que o condutor perca o controlo sobre a direção e, consequentemente, sobre a trajetória do veículo”, explica a ANSR. Garantir que os pneumáticos estão em boas condições é crucial para reduzir os riscos de perder o controlo da viatura.
Peões e condutores de veículos de duas rodas
“Os peões e os condutores de veículos de duas rodas ficam ainda mais vulneráveis ao circular com chuva”, adverte a ANSR. O chapéu-de-chuva, no caso dos peões, a chuva nos óculos ou nas viseiras dos capacetes no caso dos veículos em que o respetivo uso é obrigatório (ciclomotores, motociclos com ou sem carro lateral, triciclos, quadriciclos, velocípedes com motor, trotinetes com motor e de dispositivos de circulação com motor elétrico, autoequilibrados e automotores ou de outros meios de circulação análogos), prejudica a visibilidade.
Do mesmo modo, o barulho da chuva impede este género de utentes de ouvir claramente o que se passa no ambiente rodoviário. As dificuldades acrescidas com a chuva levam a que peões ou utentes de veículos de duas rodas tenham maior tendência para fazer movimentos bruscos para se desviarem de lama e poças de água. “Na presença destes utentes, o condutor deve estar preparado para se confrontar com comportamentos imprevistos”, referem os especialistas em segurança rodoviária.
Nestes tempos de chuva, role com ainda mais cuidado!
Fotos: Max Pixel