Razões para comprar um carro novo

Duarte Paulo

24 de Março de 2015

Segundo o Instituto Nacional de Estatísticas mais de 60 por cento do parque de veículos ligeiros de passageiros, em Portugal, era composto por automóveis com dez ou mais anos, dados de 2013, nesse ano a idade média atingiu os 11,5 anos.

Após o ano 2008, a queda das vendas provocou a degradação acentuada desta média, a nível de segurança rodoviária este fato é preocupante, pois veículos mais velhos implicam uma diminuição de segurança de todos os que circulam na estrada e interagem com eles no dia a dia. Saiba mais algumas razões para comprar um carro novo.

Novos sistemas de segurança

Na indústria automobilística, o avanço da capacidade dos computadores a bordo provocou uma revolução tecnológica, e os fabricantes estão cada vez mais a usar a tecnologia para aumentar a segurança.

Atualmente ao adquirir um carro novo, o comprador recebe-o recheado de meios de segurança considerados avançados, desde o controle de estabilidade, a velocidade de cruzeiro activa, os avisos de saída da faixa de rodagem e a capacidade de detetar veículos nos pontos cegos são alguns dos mais comuns atualmente.

Capacidade de fazer atualizações ao Infotainment

Mas para além dessas tecnologias os novos veículos possuem aplicações instaladas a bordo, os cada vez mais completos sistemas de infotainment, hoje os utilizadores exigem que essas aplicações estejam atualizadas e que exista a capacidade de instalar atualizações no software a bordo, os construtores estão a satisfazer essa vontade nos novos modelos, pelo que é considerada uma mais-valia de futuro.

Tal como nos computadores que temos em casa, as atualizações servem para corrigir eventuais pontos fracos que as aplicações possuam, mas servem também para aumentar as potencialidades, alterar a forma de apresentar opções ou para mudar completamente a visualização a funcionalidade e toda a experiência de utilização do próprio carro.

Avanços na eficiência de combustível

Os construtores estão a apostar em motores mais pequenos, geralmente turbo para compensar a falta de binário, com menos emissões de CO2, supostamente mais baratos devido ao menor imposto a pagar da componente ecológica, mas mais caros a desenvolver, pelo que a redução de preço se esbate, mas são motores mais modernos.

A modernidade desses motores foi forçada pelos novos regulamentos que controlam as emissões poluentes e têm influência direta na eficiência dos motores, logo nas média de consumo de combustível, por isso é relativamente comum constatar que cada vez mais veículos considerados grandes e até mesmo carros desportivos anunciam números de consumo de combustível que anteriormente só eram encontrados em pequenos carros utilitários.

Os veículos elétricos prometem reduzir drasticamente os custos por quilómetro percorrido. Pode optar ainda por plug-in híbridos. Não se esqueça que os carros elétricos não são os únicos veículos movidos a combustíveis chamados de alternativos. Algumas marcas estão a comercializar versões a GPL que podem ser economicamente rentáveis.

Iluminação eficaz, eficiente e segura

Começando nas luzes para circulação diurna, que destinam-se, como o seu nome indica, a estarem ligadas durante o dia, sempre que o veículo esteja preparado para circular, o seu propósito não é ajudar o condutor a ver a estrada, mas sim ajudar os outros utentes da estrada a ver o veículo e identifica-lo como sendo um veículo que está circulação, esta é uma medida de segurança essencial presente nos novos modelos homologados desde fevereiro de 2011.

Os faróis dos novos veículos possuem tantas diferenças em relação à 15 anos atrás que compará-los é perceber que nem só a tecnologia das lâmpadas mudou, mas até o que é necessário iluminar mudou, destacam-se os sistemas de iluminação nos topos de gama onde a ideia é iluminar ao máximo para onde vamos, mas evitar encadear os outros veículos, pois se os outros condutores que se cruzam connosco verem bem tem menos hipótese de sofrerem acidentes que acabem de alguma forma nos envolvendo.

Incentivos à compra

A Fiscalidade Verde criou um regime excecional de incentivo fiscal à destruição de automóveis ligeiros em fim de vida, entenda-se os que possuem mais de 10 anos, expresso na redução do ISV, quando aplicável, ou na atribuição de um subsídio, o valor é de 4.500 euros no caso dos veículos elétricos e o valor reduz-se para 3.250 euros para veículos híbridos plug-in.

Se a sua opção de veículo incluir algum modelo destas versões é de ponderar, pois os descontos concedidos fazem baixar o preço do modelo novo para valores concorrenciais dentro da gama de veículos, isto sem falar da poupança de combustível. Faça as suas contas.

Foto | Volvo