Relembrar o básico para uma condução segura (4): Sono

Duarte Paulo

5 de Novembro de 2013

As evoluções na tecnologia tanto a nível dos automóveis como da construção das estradas melhorou a experiencia da condução, mais pessoas conduzem com mais comodidade e por distâncias cada vez maiores, muitas afirmam que praticam uma condução segura.

De fato nós conduzimos, atualmente, carros mais seguros, em estradas mais seguras, ouvimos décadas de publicidades e campanhas de informação pública sobre condução segura, como resultado disso os números de acidentes baixaram, os mortos e feridos diminuíram, mas será que ainda nos lembramos do básico? Vejamos a influência do sono na condução automóvel.

Acha que todos nos lembramos do básico? Então porque acontecem ainda tantos acidentes rodoviários? E mais, porque é que a maioria dos acidentes é resultado de erro humano se nos lembramos das regras básicas?

É um fato que a melhor maneira de reduzir o risco de estar envolvido em um acidente é a prática de comportamentos de condução segura. Se está apenas aprendendo a conduzir ou já é experiente atrás do volante, é uma boa ideia rever algumas regras básicas.

Sono

Todos precisamos de comida, água e sono para sobreviver. Se optar por não beber água ou comer qualquer alimento, por um período de tempo suficientemente longo, você pode morrer. O mesmo acontece com o sono, o seu corpo tem uma forte necessidade de dormir que em algum momento o seu cérebro vai forçar a que isso aconteça. Não importa o quão duro você seja e ache que pode resistir.

Especialmente quando efetuamos viagens longas, ou quando fazemos a viagem de regresso a casa após um longo serão, arriscamos estar envolvidos em acidentes rodoviários, pois quando conduzimos sonolentos a nossa reação é equivalente a se estivéssemos embriagados.

Um estudo conduzido por pesquisadores da Virginia Tech concluiu que 20 por cento de todos os acidentes têm na sonolência um fator que contribuiu para a sua ocorrência. Se um condutor está sonolento ao ponto de poder adormecer, os resultados são previsíveis.

Pode pensar que alguns bocejos não são nada para se preocupar, mas apenas ser um pouco sonolento é suficiente para aumentar o risco de ter um acidente. As respostas do corpo à sonolência varia de pessoa para pessoa, mas em velocidades normais em estrada, um ou dois segundos de desatenção podem levar ao desastre.

Um dos principais motivos para despoletar essa reação do cerebro é a falta de dormir o suficiente todas as noites, isso leva ao acumular da carência de sono, que pode deixá-lo sonolento e incapaz de se concentrar na tarefa da condução, para evitar que lhe aconteça a si esteja atento aos sintomas e repouse se se sentir com sono.

Quando somos mais afetados

Os dados mostram que a maioria dos acidentes rodoviários causados ??por sonolência ocorrem da meia noite às oito da manhã, isso acontece porque é natural para o seu corpo dormir quando está escuro. É por isso que é tão difícil para os condutores combater o sono à noite.

Seu relógio biológico também o faz ficar sonolento no meio do dia. É por isso que condução sonolenta é uma causa de muitos acidentes entre a uma e as três da tarde, nestes dois momentos do dia, o seu corpo fica com sono mesmo quando está bem descansado.

Se você tem que conduzir nesses períodos, de noite ou na hora do almoço, certifique-se de que está bem alerta. Os mais afetados pela falta de sono geralmente são os alunos, porque ficaram a noite toda estudando para um teste e os profissionais de saúde por terem trabalhado dois turnos seguidos.

Outro exemplo clássico é o de um pai, ou de uma mãe, que ficou acordado a noite toda com uma criança doente. Estes são exemplos de privação aguda de sono, e tem um impacto grave sobre a sua capacidade de prestar atenção e reagir durante a condução. Estudos têm mostrado que os condutores que ficam acordados por mais de 15 horas são muito mais propensos a causar um acidente.

A solução aparentemente é simples, obter uma melhor noite de sono e descansar sempre que sentir algum sintoma de sonolência. Certifique-se que dorme aproximadamente oito horas, e não apenas na noite antes de uma longa viagem, mas como norma.

Foto | Kristian Bjornard