Relembrar o básico para uma condução segura (5): Cinto de segurança

Duarte Paulo

7 de Novembro de 2013

As melhorias na tecnologia tanto a nível dos automóveis como da construção das estradas melhorou a experiencia da condução, mais pessoas conduzem com mais comodidade e por distâncias cada vez maiores, muitas afirmam que já praticam uma condução segura.

Nós conduzimos carros mais seguros, em estradas mais seguras, ouvimos décadas de publicidades e campanhas de informação pública sobre condução segura, como resultado disso os números de acidentes baixaram, os mortos e feridos também diminuíram, mas será que ainda nos lembramos do básico?

Cinto de segurança

O cinto de segurança salva vidas. Parece um cliché mas a segurança rodoviária não deverá ser encarada de forma ligeira, pois a sua vida, a de quem viaja consigo e a dos outros utentes da via pública depende de cada um de nós.

Se usado corretamente, o cinto de segurança podem impedi-lo de ser projetado no interior de um veículo, permitem que os airbags funcionem corretamente e evitam ser projetado através de um dos vidros.

Em especial no banco de trás o uso do cinto de segurança ainda é desprezado, apesar de obrigatório. Convém lembrar que em caso de acidente frontal os ocupantes de trás serão projetados para a frente, ferindo-se e pondo em risco a integridade dos ocupantes dos assentos dianteiros, geralmente devido a choque de cabeça com cabeça.

Todos nós já ouvimos histórias de pessoas que sobreviveram porque não estavam usando cinto, mas na esmagadora maioria dos acidentes de carro, existe uma maior hipótese de sobreviver se estiver usando o cinto de segurança.

Invento sueco

O cinto tradicional nos veículos atuais é de três pontos, basicamente tem a forma de “y” invertido, este formato permite espalhar a energia do corpo em movimento sobre o peito, pélvis e ombro. O cinto de três pontos foi desenvolvido por Nils Bohlin, para a Volvo, a marca sueca patenteou o invento mas, no interesse da segurança rodoviária, disponibilizou-o gratuitamente para os outros fabricantes de automóveis.

Mesmo um acidente de baixa velocidade pode projetar os ocupantes sem cinto contra o tablier, contra o para-brisas, ou contra os vidros ou os pilares da viatura, resultando geralmente em ferimentos graves na cabeça e membros.

Em velocidades elevadas, os possíveis destinos do ocupante sem cinto são horríveis: lacerações graves ao ser projetado através do para-brisas ou pilares da carroceria e ao ficar no exterior pode ainda ser atingido por outros carros ou pelo seu próprio carro.

A Mercedes em 1981 introduziu o sitema pré-tensor, que permite recolher automáticamente o cinto em caso de embate, retirando a folga existente, não deixando ao corpo tanto espaço para se deslocar, evitando colidir no interior do veículo. Alguns especialistas afirmam que por cada centimetro de folga, o cinto pode perder até 15% de sua eficiência.

Alguns veículos possuem um sistema de limite de tensão, que permite libertar ligeiramente o cinto no momento seguinte ao embate, logo após o enchimento total do airbag, permitindo reduzir eventuais ferimento ligeiros causados pelo cinto.

No pessoas com menos de um metro e meio deverão regular o cinto de forma a que não fique colocado sobre o pescoço, para além do desconforto, correm o risco de serem estrangulados por esse equipamento em eventual colisão.

Foto | Thomas Crenshaw, Carol Corrêa